Pix: nova fase do sistema pode afetar o uso dos cartões dos bancos
Segundo o Banco Central, o Pix alcançou 649 milhões de transações em maio.
Na última quinta-feira (22), o Banco Central (BC) anunciou uma resolução para melhorar o uso do sistema de pagamentos instantâneo. O chamado Pix caiu na graça dos brasileiros. A partir das alterações, é possível realizar transferências através de app de mensagens e redes sociais, além de pagar as compras feitas pela internet.
Pix: nova fase do sistema pode afetar o uso dos cartões dos bancos
Para aprimorar o Pix, uma resolução do BC regulamenta as regras para as instituições financeiras que participam do Open Banking. Ou seja, apenas esses bancos podem ofertar os novos serviços. De acordo com a Ágora Investimentos, a alteração vai facilitar as operações de pagamento do Pix. Dessa forma, deve aumentar o seu uso nas lojas.
Segundo os analistas Gustavo Schroden e Maria Clara Negrão, “Acreditamos que isso pode ser um movimento para começar a afetar as transações com cartões e está em linha com nossa ideia de que os bancos deveriam ter tarifas pressionadas em linhas específicas”.
Além disso, os analistas citam que o desenvolvimento e as atualizações do Pix são positivos. Paralelo a isso, o BC pode modernizar o sistema de pagamentos brasileiro, de forma mais segura e ágil. De acordo com Schroden e Negrão, “No entanto, ainda observamos que Pix pode continuar a pressionar as receitas de tarifas dos bancos, especialmente relacionadas aos serviços de conta corrente”.
Por fim, conforme os dados do Banco Central, o sistema Pix alcançou cerca de 649 milhões de transações em maio. Esse número contrasta contra os 342 milhões de faturas, e outros 126 milhões de transferências tradicionais (TED/DOC), além de outros 18 milhões de saques. Diante disso, o Pix promete mexer ainda mais com os sistemas tradicionais de pagamento.
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Imagem: Brenda Rocha – Blossom / shutterstock.com
