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Nova regra para geladeiras entra em vigor: saiba o que muda na sua conta de luz

Nova regra para geladeiras: veja como a nova resolução do Ministério de Minas e Energia do Brasil visa cortar as geladeiras que gastam muito.

As regras do jogo estão mudando no setor brasileiro de eletrodomésticos. Uma nova resolução do Ministério de Minas e Energia (MME) estabelecida para 2024 procura, com nova regra, colocar um fim às geladeiras com alto consumo de energia.

A medida, que visa reduzir o consumo de energia a nível nacional e proporcionar economia para os consumidores, já está atraindo oposição da indústria de eletrodomésticos. Entenda melhor essa polêmica.

Nova regra para geladeiras: economia de energia e debate sobre o custo

Nova regra para geladeiras
Imagem: Pixel-Shot / Shutterstock.com

Pela nova resolução do MME, entre 2024 e 2025, o limite máximo de consumo de energia permitido para geladeiras deve ser de 85,5% do padrão atual.

Este patamar vai se tornar ainda mais rigoroso nos anos de 2026 e 2027. Assim, estima-se que 62% dos modelos de refrigeradores disponíveis atualmente terão que ser retirados do mercado a partir de 2026. A saber, isso inclui todos os modelos mais populares.

Resposta da indústria e do consumidor

A mudança proposta gerou críticas de entidades do setor de eletrodoméstico. Eles argumentam que a resolução elimina do mercado os aparelhos mais acessíveis e causará um aumento significativo nos preços.

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Em contraponto, organizações como o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e o próprio MME defendem que a economia na conta de luz a longo prazo compensará o aumento dos custos. Além disso, contribuirá para a redução do consumo de energia no país.

Implicações para o futuro

Com a nova norma, espera-se uma economia de energia significativa a nível nacional. Segundo estudos da organização não-governamental americana Clasp, a medida pode levar a uma economia entre R$ 174 e R$ 822 por consumidor. Isso ao longo da vida útil do refrigerador.

Além disso, a resolução deve reduzir a utilização de energia em 8,67 Terawatt-hora (TWh) de 2026 a 2030. Isso equivale a dez meses de consumo de eletricidade dos serviços públicos de água, saneamento e esgoto do Brasil.

Entretanto, apesar dos benefícios a longo prazo, a questão principal a ser enfrentada será encontrar um equilíbrio entre a necessidade de geladeiras mais eficientes em termos de energia e o impacto inicial no bolso dos consumidores, especialmente os de menor renda.

Imagem: Pixel-Shot / Shutterstock.com