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Novo golpe usa falsa denúncia de pedofilia para extorquir dinheiro

As formas de extorsão usadas por criminosos são as mais diversas e envolver as vítimas em práticas ilegais é uma delas. Isso foi o que aconteceu com o arquiteto Matheus Garcia, que, após conversar com um rapaz pelo aplicativo Grindr, foi acusado de pedofilia.

Golpistas se passarem pela polícia é uma prática já bastante conhecida. Porém, quando a suposta autoridade policial acusa a vítima de um crime, como a pedofilia, o lado emocional pode falar mais alto e o acusado pode acabar caindo na artimanha. No entanto, Matheus não se deixou enganar.

Entenda o golpe da falsa denúncia 

A tentativa de extorsão aconteceu na segunda-feira, 3, após Matheus trocar mensagens com um rapaz no aplicativo de relacionamento Grindr. O interlocutor pediu para que conversassem via WhatsApp e Matheus repassou seu número. Em seguida, começaram as mensagens de um suposto policial civil acusando ele de ter cometido crime de pedofilia.

O criminoso se apresenta como policial da 1ª DP, sem dizer de qual delegacia. Em seguida, manda prints de conversa da vítima com o rapaz no Grindr e diz que o este é menor de idade. A conversa segue, ainda, com o envio de um vídeo em que é mostrada uma casa desarrumada, onde teria ocorrido uma briga entre o rapaz e seus pais. 

O golpista, então, dá duas alternativas à vítima. A primeira seria o envio do mandado de prisão para Matheus e a segunda, apontada como a melhor pelo criminoso, seria pagar 75% pelo prejuízo dos danos materiais causados pela briga entre o rapaz e os pais. O valor solicitado foi de R$ 7.500,00.

Vítima relatou o caso no Twitter

Matheus percebeu se tratar de um golpe logo no início da conversa com o falso policial. “Já comecei a rir, porque desde quando a polícia vai me chamar pelo WhatsApp?”, contou ele, em seu perfil no Twitter. Ele relatou, ainda, que ficou surpreso com a encenação dos objetos quebrados pela falsa briga.

Como não acreditou na conversa, o suposto policial seguiu tentando contato com Matheus através de ligações. Porém, por não ter sido atendido, o golpista mandou um vídeo em que mostra o mandado de prisão já assinado. No entanto, um detalhe chamou atenção da vítima: o documento tinha data de emissão de outubro de 2022.

Matheus não registrou boletim de ocorrência, mas a polícia orienta que tentativas de estelionato devem ser registradas.

Imagem: Grustock / Shutterstock.com