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Nubank revolta acionistas ao comemorar “Bodas de pedacinho”

Na semana passada, o Nubank gerou revolta em seus acionistas ao enviar uma mensagem em comemoração às “Bodas de pedacinho”, nome que a fintech deu ao período de 3 meses após a abertura do IPO.

A mensagem foi direcionada aos clientes que aderiram à recente abertura de capital e compraram BDRs (depósitos de ações listadas no exterior) e dizia: “Feliz bodas de pedacinho! Estamos comemorando 3 meses de ‘mais do que cliente, sócio’. Poderíamos chamar de bodas de algodão doce, mas vamos chamar de bodas de pedacinho pra dar sorte e pra que seja duradouro”.

A seguir, confira um depoimento de um cliente do Nubank que critica o e-mail enviado pela fintech:

revolta cliente do Nubank
Imagem: Twitter (reprodução).

A revolta foi gerada pelo tom descontraído do texto em um momento de queda das ações. O BDR, que no IPO valia R$ 11,50, na última quarta-feira (16) foi vendido por R$ 7,67, ou seja, teve uma queda de 33% em pouco mais de três meses. Nesta sexta-feira (18), o BDR do Nubank apresentou uma pequena alta, fechando a R$ 8,61.

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O que dizem os especialistas sobre a desvalorização do Nubank?

Na avaliação de Danielle Lopes, sócia e analista de Ações da Nord Research, vários fatores afetam os rendimentos das ações do Nubank; afinal há tanto questões macroeconômicas quanto particularidades do Nubank influenciando a cotação.

Outras empresas do mesmo ramo do Nubank (tecnologia em pagamentos) nos EUA também registraram queda. Sendo assim, podemos observar que o movimento é generalizado. Os números das empresas de tecnologia em pagamentos tiveram queda média na Nasdaq de 5%, enquanto os bancos seguem em alta. De março a dezembro do ano passado, o setor bancário passou por 3 altas consecutivas.

As perspectivas econômicas nos EUA sugerem que os juros, que atualmente estão zerados, cheguem de 2% a 2,5%, potencializando os custos de capital para as empresas. E as de tecnologia são as que mais precisam de dinheiro.

Todavia, a economista para Estados Unidos do Citi, Veronica Clark, analisa que o discurso do Fed passou a ficar mais contracionista, na medida em que a inflação americana não dá trégua. Se antes o banco previa a primeira alta de juros nos EUA em junho, agora vê o aumento ocorrendo em março. 

Larissa Quaresma, analista da Empiricus, afirma que situações como essa penalizam a Bolsa como um todo, em especial as ações que estão muito caras e que ainda estão caminhando para um cenário lucrativo no futuro.

Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos, esclareceu que “a empresa (o Nubank) foi avaliada em um preço alto no IPO, o que cria uma pressão extra inicial. Ao decidir atrair muitos investidores de primeira viagem com sua inovadora forma de oferecer o IPO para clientes, o Nubank acabou conseguindo a adesão de uma parte que não possui o perfil de risco para ter ações e agora está desconfortável com a oscilação”

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Imagem: rafapress / Shutterstock.com