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O parcelado sem juros vai acabar? Confira

Os bancos sugerem a limitação do parcelamento sem juros, já os comerciantes e empresas de maquininhas defendem a sua manutenção. Entenda!

Com as taxas de juros rotativas de cartão de crédito alcançando médias de 450% ao ano, os bancos sugerem a limitação do parcelamento sem juros, enquanto comerciantes e empresas de maquininhas de cartão defendem a sua manutenção.

Assim, o confronto entre bancos, comércios e empresas de cartão tem se arrastado há anos. No entanto, em outubro deste ano, um projeto de lei foi sancionado, dando aos bancos um prazo de 90 dias para apresentar uma proposta ao Conselho Monetário Nacional (CMN) para limitar os juros do cartão de crédito rotativo.

Por que o parcelado sem juros está no centro do debate?

Portanto, o Banco Central, bancos, comerciantes e empresas de cartão uniram esforços visando buscar um consenso. Contudo, as discussões ainda não resultaram em uma solução clara. De acordo com os bancos, a modalidade de parcelamento sem juros, de certa forma, contribui para os altos juros rotativos do cartão de crédito. 

Assim, eles sustentam que, ao estender a dívida, a possibilidade do consumidor não conseguir pagar a fatura e cair no rotativo aumenta e, assim, os juros aumentam. Além disso, argumentam que o parcelamento sem juros causa distorções no sistema e acreditam que uma limitação no número de parcelas poderia ajudar a equilibrar a situação.

Vários cartões de crédito em forma de leque.
Imagem: Theethawat Bootmata / shutterstock.com

Impacto para o consumidor

No entanto, para muitos consumidores, principalmente os de menor renda, o parcelamento sem juros é uma ferramenta fundamental para compras de bens essenciais quando não há dinheiro para pagamento à vista. Dessa forma, sem essa opção, a alternativa seria recorrer a empréstimos bancários, que vêm com juros ainda mais elevados.

Recentemente, um estudo do Datafolha indicou que 75% da população utilizou o crédito parcelado sem juros em 2022. Além disso, uma pesquisa do Instituto Locomotiva mostrou que cerca de 115 milhões de brasileiros só conseguiram conquistar seus sonhos porque puderam comprar por meio dessa modalidade.

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Diante disso, as entidades de defesa do consumidor, comerciantes e empresas de maquininhas de cartão têm se esforçado para manter o parcelamento sem juros. Assim, eles afirmam que a solução para os altos juros do cartão de crédito rotativo não está na limitação desta modalidade. Mas na definição de um teto para esses juros.

Imagem: Theethawat Bootmata / shutterstock.com