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O que esperar do Bitcoin para 2023?

Valor da moeda digital sofreu fortes perdas ao longo de 2022

O Bitcoin surgiu em 2009 como uma nova forma de dinheiro, totalmente digital. Apesar de ainda ser um mercado emergente, o Bitcoin vem ganhando terreno como uma moeda global e já é aceito por algumas grandes empresas. 

Em 2022, a criptomoeda mais negociada no mundo teve um ano um tanto quanto difícil, levando muitos investidores a amargarem prejuízos. 

O “inverno cripto” – como é conhecido o período de baixa do mercado – foi ampliado por conta do aumento nas taxas de juros global e os riscos de uma recessão econômica envolvendo os Estados Unidos e a Europa. 

Diante desse contexto de forte incertezas sobre os mercados, muitos especialistas estão se perguntando sobre o que esperar do Bitcoin para 2023.

Neste artigo, vamos explorar as tendências dessa criptomoeda e discutir o que podemos esperar para o próximo ano. Acompanhe!

O que é o Bitcoin?

O Bitcoin é uma forma de ativo digital criado, provavelmente, por um grupo de desenvolvedores anônimos, utilizando o pseudônimo de Satoshi Nakamoto.

O intuito na época era criar uma moeda que fosse alternativa às moedas tradicionais. 

Desde então, o Bitcoin cresceu e se expandiu de forma significativa, tornando-se uma das moedas digitais mais populares no mundo. Ele é também a maior criptomoeda em termos de capitalização de mercado.

Vale destacar ainda que o Bitcoin tem a intenção de ser uma moeda desregulamentada, ou seja, sem a necessidade de ter um banco central (controlado por governos) para intermediar trocas entre duas pessoas. 

Isso significa que transações online podem ser mais rápidas e baratas, além de que qualquer um pode utilizar criptomoedas em qualquer parte do mundo, sem restrições.

Para muitos, o Bitcoin é chamado de “ouro digital” pelo fato de possuir escassez, como o metal precioso. A moeda virtual tem um número limitado de unidades em circulação, um total de 21 milhões. 

Por esse motivo, muitos acreditam que o Bitcoin terá um valor crescente no futuro, uma vez que sua oferta é limitada e seus usuários continuam aumentando.

Como foi o desempenho do Bitcoin em 2022?

O Bitcoin encerra o ano de 2022 com fortes perdas. Dia 1º de janeiro, valia cerca de R$ 265 mil, cada unidade, mas recuou para R$ 86,9 mil, por volta de 22 de dezembro de 2022. Ou seja, uma queda superior a 67%.

No entanto, mesmo com fatores negativos pesando sobre as cotações do Bitcoin, a moeda digital ainda continua sendo uma das mais populares entre os investidores.

Alguns especialistas afirmam que a queda pode ser atribuída às incertezas econômicas globais, enquanto outros argumentam que ela reflete apenas o ciclo normal de mercado após a alta extraordinária de anos anteriores. 

A última vez que a criptomoeda esteve com uma cotação tão baixa foi em dezembro de 2020. No entanto, naquela época a desvalorização tinha mais relação com o movimento de correção após altas extraordinárias.

Entre outubro e novembro de 2021, a cotação do Bitcoin atingiu o seu valor máximo histórico, valendo cerca de R$ 369 mil. A moeda mais do que dobrou em menos de seis: em junho de 2021 custava R$ 158,5 mil a unidade. Mas encerrou o ano de 2022 com forte queda.

Leia também: FII: o que é fundo imobilário e como funciona

Forte variação do preço

O que se aprendeu até agora na breve história do Bitcoin é que ele pode deixar as pessoas ricas ou pobres em pouco tempo.

Como citamos acima, momento de grandes baixas são conhecidos como “invernos criptos”, que já ocorreram em diversos momentos, como se observa no gráfico abaixo, reproduzido do site Coinmarketcap.com

Confira os momentos de fortes altas e baixas no gráfico – preços em reais:

Histórico preço bitcoin. Fonte: Reprodução CoinMarketCap

O que esperar do Bitcoin em 2023?

As previsões para 2023 não são das mais animadoras. Para os próximos meses, os analistas não acreditam que haverá uma recuperação significativa, já que a economia não está nada bem. 

Na verdade, a expectativa é de que o mercado vai se manter estagnado até que as pressões que afetam as criptomoedas e os ativos em geral desapareçam. Nesse contexto, é possível que novas quedas no preço do criptoativo ainda aconteçam.

A principal preocupação atualmente é com a inflação. Os preços estão aumentando e isso tem feito com que os bancos centrais de diversos países elevem as taxas de juros. Em um cenário de juros altos, investidores preferem optar por ativos mais conservadores. 

Isso se deve ao fato de que os juros altos aumentam a remuneração que o investidor recebe ao aplicar em títulos mais seguros, de renda fixa. 

Como resultado, investimentos mais arriscados como criptomoedas deixam de ser interessantes.

Esperança?

Em uma perspectiva mais otimista, alguns analistas afirmam que essa pode ser uma ótima ocasião para adquirir novos ativos. 

Isso porque o mercado espera por uma valorização a partir de 2024, diante da expectativa de um novo halving, movimento que reduz a quantidade de Bitcoin disponível.

Neste artigo detalhamos como funciona e as consequência do halving!

Historicamente, sempre em momentos próximos ao halving, que ocorre a cada quatro anos, aproximadamente, se tem uma grande valorização da moeda digital.

Os riscos do Bitcoin

Assim como em qualquer investimento, é importante analisar os riscos envolvidos e avaliar se vale a pena ou não se investir em determinado ativo. 

Sendo assim, nenhum investimento é totalmente seguro e sempre existe o risco de perder parte ou todo o capital investido.

Quando se fala em criptomoedas como o Bitcoin o risco é ainda maior dada a forte volatilidade do ativo. 

Moedas como o Bitcoin são altamente sensíveis às notícias e eventos mundiais, o que pode causar grandes flutuações no seu preço.

Dessa forma, criptomoedas estão sujeitas a grandes oscilações de preço em um curto espaço de tempo. Isso pode levar os investidores a perderem muito dinheiro em pouco tempo. 

Descentralizado

É preciso lembrar também que existe outro risco considerável para quem opta por essa opção de investimento aqui no Brasil. 

Os ativos digitais são extremamente complexos e difíceis de compreender, o que torna ainda mais arriscado investir nesse mercado.

Por tudo isso, investir em criptomoedas é um procedimento arriscado que deve ser feito com muita cautela. 

No entanto, o Bitcoin é uma das moedas digitais cada vez mais populares e com forte potencial de valorização no longo prazo.

Regulamentação

Para tentar amenizar parte das preocupações, ao menos no Brasil, foi aprovado um texto-base que regulamenta o setor de criptomoedas.

O Projeto de Lei 4401/21 foi aprovado pela Câmara dos Deputados e entrou em vigor no final de 2022, após ser sancionado sem vetos pela presidência da República.

Dessa forma, o Banco Central será o órgão regulador desse mercado, estabelecendo as diretrizes de prestação dos serviços envolvendo moedas virtuais.

Suas atribuições são, sobretudo, liberar e supervisionar o funcionamento das corretoras de criptomoedas.

O projeto estabelece ainda penalidades, como crimes de estelionato e de lavagem de dinheiro. 

Imagem: tungtaechit/shutterstock.com