Oi deve entrar em nova recuperação judicial
O pedido de tutela feito pela Oi na última quarta-feira (1º) é semelhante ao feito pela Americanas em janeiro deste ano
A Oi entrou com um pedido de tutela de urgência cautelar na última quarta-feira (1º), na 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), como forma de impedir que ativos da empresa sejam bloqueados. De acordo com a Oi, a empresa possui uma dívida de R$ 29 bilhões.
O pedido abre espaço para uma possível nova recuperação judicial na empresa de telefonia, que pode ser solicitada em até 30 dias depois da tutela.
Assim, caso a Oi entre com pedido, esta será a segunda recuperação da empresa de telefonia, que encerrou o processo de recuperação judicial em dezembro de 2022.
Oi protagonizou um dos maiores processos de recuperação judicial da história do país
O processo de recuperação judicial da Oi foi o maior da história do país, já encerrado. O valor da dívida da empresa era de R$ 65,4 bilhões, quando pedido o processo em 2016.
A Odebrecht lidera a lista com entrada no processo em 2019 sob dívida de R$ 98,5 bilhões. Contudo, a recuperação da empresa de engenharia e construção ainda está em andamento.
Pedido de tutela é semelhante ao feito pela Americanas em janeiro
O pedido de tutela feito pela Oi é semelhante ao que a Americanas fez em janeiro, após a empresa identificar um rombo de R$ 20 bilhões do balanço financeiro. A varejista entrou com pedido de recuperação judicial com dívidas de R$ 43 bilhões.
Contudo, este montante pode ser R$ 6,6 milhões maior, segundo a equipe de administração judicial que cuida do processo da Americanas. Dessa forma, o requerimento tem como objetivo prever feitos de uma possível recuperação.
De acordo com a Oi, a solicitação de tutela tem como objetivo proteger a empresa, bem como suas subsidiárias, “contra a exigibilidade de créditos e garantias e permitir o avanço das discussões e tratativas com os credores, em curso desde o ano passado, visando uma potencial renegociação das dívidas da companhia”.
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