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Onde investir com a taxa Selic em 12,25%?

Os investimentos foram os principais impactados com a nova redução da taxa Selic. Por isso, é preciso ter atenção aos impactos. Confira!

A taxa Selic, grande destaque na economia brasileira, passou por meses de alta. O assunto gerou muitas discussões sobre seus impactos, incluindo manifestações do presidente Lula e do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Contudo, na última quarta-feira (01), a taxa teve a terceira queda consecutiva, sendo bem recebida pelo mercado financeiro.

Embora a redução da taxa Selic tenha sido vista com positividade, ela também pode influenciar outros setores, e investimentos podem ter seus rendimentos influenciados por essa mudança. Por isso, é essencial acompanhar de perto as transformações diante do novo cenário econômico. Confira!

Redução da taxa Selic pelo Copom

A decisão do Banco Central por reduzir a taxa básica de juros para 12,25% nesta quarta (01) veio alinhada com as expectativas do mercado, e impacta investidores de todos os portes. Dessa forma, analistas têm recomendado fortemente aos investidores buscarem orientação.

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reforçou que os cortes de 0,5 ponto percentual continuarão nas próximas reuniões. Apesar da redução planejada, os analistas ainda enxergam incertezas no cenário doméstico, o que influencia a abordagem cautelosa em relação a investimentos em ações e renda fixa.

Dois cubos de madeira com símbolo de percentual de setas em vermelho e verde, simbolizando as taxas e o corte de juros
Imagem: Jo Panuwat D / shutterstock.com / Edição: Seu Crédito Digital

Investimentos a partir da redução da Selic

Pós-fixados:

Na renda fixa, os ativos associados à taxa Selic e ao CDI são altamente recomendados, oferecendo previsibilidade e rendimentos atrativos, especialmente em aplicações de curto prazo. No entanto, com expectativas de que a Selic se mantenha acima de 8% ao ano, essas opções continuam sendo as principais escolhas de investimento.

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Pré-fixados:

Títulos com retorno fixo têm ganhado destaque nas recomendações, devido ao aumento nas taxas de juros futuros, entre setembro e outubro. Atualmente, especialistas veem oportunidades nos prefixados, particularmente em títulos de prazos intermediários ou curtos, considerados menos voláteis em comparação com os de longo prazo. 

Títulos IPCA:

Investimentos de longo prazo em ativos atrelados à inflação são considerados uma proteção sólida em cenários econômicos instáveis, de acordo com especialistas. Assim, as taxas oferecidas nesses ativos são atraentes, especialmente devido à incerteza no cenário internacional e preocupações fiscais no Brasil.

Investimentos em ações:

O mercado financeiro continua suspeito em relação às ações de setores sensíveis aos movimentos dos juros, em alguns setores. Ademais, essas empresas enfrentam dificuldades com a inflação, o que afeta a rentabilidade de seus modelos de negócios. Além disso, têm uma alta dependência de endividamento para manter suas operações.

Investimentos em bancos, exportadoras e produtores de commodities:

Empresas relacionadas ao setor de mineração podem se beneficiar de um potencial surpreendente da China, conforme apontam analistas. Enquanto isso, nos bancos, a discussão sobre o fim dos Juros sobre Capital Próprio (JCP) esfriou, contribuindo para a melhoria do Ibovespa.

Transportes e veículos:

Empresas com receitas consistentes, margens de lucro operacional elevadas e potencial de crescimento a curto e médio prazo são consideradas atrativas, apesar do alto nível de endividamento para financiar o crescimento. Segundo os analistas, elas mantêm um otimismo cauteloso em relação à Bolsa, destacando a influência do cenário macroeconômico sobre as empresas.

FIIs:

Analistas projetam uma resposta gradual do mercado de fundos imobiliários (FIIs) ao corte de juros, com destaque para os FIIs de tijolo, que investem diretamente em imóveis. O cenário de precificação da Selic em 11,75% em 2023 já está incorporado, mas qualquer mudança nesse cenário pode gerar volatilidade nos FIIs. 

Fundos de investimento:

Fundos de infraestrutura continuam sendo uma escolha sólida para investidores em busca de diversificação. Portanto, fundos de crédito privado, focados em títulos de dívida de empresas não financeiras, também são recomendados. 

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Imagem: Billion Photos / shutterstock.com