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Onde investir com a taxa Selic em 13,75%. Saiba agora!

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (21) dar fim ao seu ciclo de aperto monetário, iniciado em março do ano passado, não elevando mais os juros básicos da economia, mantendo, assim, a taxa Selic em 13,75% ao ano.

Apesar desta decisão, as taxas de juros – instrumento utilizado pelo BC para controlar a alta da inflação – seguem em patamares bem elevados. Dessa forma, agora é o momento de buscar saber onde investir com esse cenário de juros.

E vamos contar neste artigo quais são as alternativas!

Selic em 13,75% favorece a renda fixa

Inicialmente, as elevadas taxas de juros favorecem os investimentos em renda fixa, como os títulos do governo, no caso o Tesouro Direto, além de outros títulos e letras de crédito privado e papéis de inflação. 

Porém, é importante se atentar à liquidez, não perder de vista a diversificação e entender os indexadores dos investimentos. 

Veja quais são as principais taxas de referência para a rentabilidade dos ativos de renda fixa:

  • A própria taxa Selic;
  • O Certificado de Depósito Interbancário (CDI), que é a taxa de juros dos bancos e caminha de forma semelhante à Selic;
  • O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal índice medidor de inflação.

Tesouro Direto

Entre os títulos públicos, o Tesouro Selic, que é atrelado diretamente à Selic, continua vantajoso com a taxa alta de juros. 

Além disso, a alta liquidez do Tesouro Selic é um ponto positivo. Ela garante que você se beneficie neste período de patamares altos e permaneça livre para mudar de investimento caso o cenário mude no médio e longo prazo.

O Tesouro IPCA também está mais atrativo por conta da inflação alta, mas é importante se atentar à data de vencimento. 

Isso porque os de longo prazo podem não colher os ganhos do cenário atual, já que a expectativa é de arrefecimento da inflação, por conta, inclusive dos próprios altos juros atuais.

Portanto, prefira os de curto a médio prazo.

CDB, LCIs e LCAs

No mais, os títulos de crédito privado, como os Certificados de Depósito Bancário (CDBs), refletem a taxa CDI – se mostrando extremamente interessantes neste momento.

Ao comprar um CDB você está emprestando dinheiro a um banco e receberá juros pelo tempo de empréstimo.

Há também as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), como boas opções. 

Ao comprá-las, você está emprestando dinheiro para um banco financiar o mercado imobiliário ou o agronegócio, especificamente. 

Ponto de atenção: o CDI historicamente fica 10 pontos abaixo da taxa Selic. Porém, alguns títulos rendem mais de 100% do CDI e por isso acabam compensando mais do que o Tesouro Selic, que rende 100% da Selic.

No caso das LCIs e LCAs, elas podem estar atreladas também ao IPCA. 

Neste caso, assim como no Tesouro IPCA, vale se atentar ao tempo de vencimento do papel e escolher prazos mais curtos.

Fundos de investimento de renda fixa

Para quem quer diversificar os investimentos em renda fixa e não tem tempo para estudar cada tipo de ativo, os fundos de investimento são uma boa opção. 

Neles, um gestor especialista escolhe um grupo de ativos para participar do fundo. 

Dessa forma, quem investe no fundo, investe nos ativos selecionados pelo gestor, colhendo a valorização ou a desvalorização desse conjunto de ativos. 

Alguns fundos só investem em papéis da bolsa, outros só de renda fixa e outros são mistos. 

É possível identificar o tipo de fundo pela sua descrição.

Um ponto de atenção é que geralmente é cobrada uma taxa de gestão do fundo ao investidor. 

Este valor pode estar embutido no preço de compra do ativo e/ou ser descontado dos rendimentos.

Selic
Imagem: rafastockbr / Shutterstock.com

Onde investir? Não se limite à renda fixa

Ok, a renda fixa se torna mais atraente com a taxa Selic alta.

Mas isso não quer dizer que a Bolsa de Valores não seja interessante nesse cenário.

Com taxas de juros altas, as empresas tendem a fazer menos investimentos e, por isso, podem crescer menos.

Isso pode diminuir a rentabilidade das empresas e aumentar a volatilidade do mercado, mas não é uma regra.

Dependendo do seu perfil de investidor, você pode definir uma parcela do seu patrimônio para aplicação em renda variável. 

Lembre-se: a diversificação é a melhor amiga do investidor, contanto que seja feita com parcimônia, sem pulverizar suas aplicações. 

Falamos sobre isso neste artigo sobre onde ainda investir em 2022!

Quais ativos escolher?

Neste cenário de Selic alta, investir em bancos sólidos, como o Bradesco e o Santander, pode ser um bom negócio. 

Afinal de contas, com os juros altos, eles estão recebendo mais pelos empréstimos que fazem.

Os fundos imobiliários de papel com aplicações atreladas ao CDI e índices de preços também são boas opções.

O Copom e a Selic

Agora que você já entende as relações entre os juros e os investimentos, é importante saber quando uma nova decisão sairá. 

Saiba que o Copom se reúne a cada 45 dias para discutir ao longo de dois dias os ajustes necessários na Política Monetária. 

Sempre no segundo dia, é definida e divulgada a nova taxa Selic.

Como já comentamos brevemente, a taxa Selic é reajustada com o objetivo de manter a inflação em linha com a meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). 

Ela define os juros da nossa economia e, logo, influencia no poder de compra da população.

Qual é o impacto da Selic?

Quando o Copom diminui a Selic, ele permite que as pessoas comprem a prazo e realizem empréstimos com juros menores. 

Isso estimula o poder de compra e faz a economia girar, porém, tende a elevar os preços.

A inflação acontece quando o poder de compra do brasileiro está maior do que a oferta de produtos. 

Neste cenário, o Copom eleva a taxa Selic na tentativa de ajustar o poder de compra à oferta de produtos, normalizando os preços.

São levados em consideração pelo Copom também para a definição da taxa Selic alguns fatores de risco macroeconômico.

Mas, em geral, a inflação é o principal norteador.

Histórico da taxa

Historicamente, o Brasil tem taxas de juros altas e por isso uma cultura de investimentos em renda fixa. 

Porém, entre agosto de 2021 e março de 2021, vivemos um período de mínimas históricas. 

A menor taxa Selic já definida pelo Copom foi de 2% ao ano, em agosto de 2020. 

Naquela época, o objetivo do Copom era de tentar estimular a economia em meio à crise provocada pelo coronavírus.

Essa diminuição da taxa baixou a rentabilidade dos investimentos em renda fixa e tornou mais atraente o investimento em Bolsa. 

Com isso, tivemos um boom no número de investidores na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. 

O número de contas registradas na B3 saltou de 1,6 milhão em novembro de 2019 para 3,17 milhões em novembro de 2020. 

Mas, apesar de o brasileiro ter mantido o interesse pela Bolsa, hoje mantemos patamares elevados de taxa de juros. 

E essas altas taxas devem se manter, por um longo período, pelo menos até meados ou final de 2023.

Portanto, o melhor momento para entender e investir na renda fixa é agora!

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