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Para além da Guerra: milícia também atua tirando dinheiro do bolso dos cariocas

Os cariocas sofrem com a guerra e a milícia em seus territórios; veja as técnicas aplicadas para tirar dinheiro do bolso dos moradores.

No Rio de Janeiro (RJ) a Geografia Política regional consiste em uma guerra entre a milícia e o tráfico. O estado perde seu poder para estes grupos que comandam inúmeras regiões ao longo do território, não só carioca, mas fluminense no contexto geral. 

Para além desta guerra entre estado, tráfico e milícias, por vezes, os milicianos saem como vencedores.  Uma vez com o domínio do território, os milicianos encontram maneiras de tirar dinheiro do bolso dos cariocas.

Isso acontece, por exemplo, através da imposição dos moradores usarem somente seus serviços. Isso inclui serviços de internet, canais de televisão, água, botijão de gás, entre outros. Contudo, as vendas dos botijões de gás é o que mais tem chamado atenção recentemente.

Milícia obriga os moradores a comprar gás superfaturado

De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a média do botijão de gás de 13 quilos está na faixa de R$ 101. No entanto, a milícia tira quase R$ 150 do bolso dos cariocas que precisam do botijão.

Fora dos limites controlados pela milícia, é possível adquirir esse produto pelo preço nacional médio. No entanto, se você é um residente na área sob o domínio deles, não é viável ter acesso a esse serviço pelo valor justo.

Notas de dinheiro e moedas do real brasileiro.
Imagem: rafapress / shutterstock.com

Imposição das taxas da milícia a moradores e trabalhadores

O grupo força os moradores a comprarem gás no mercado local e impõe suas próprias taxas. Além dos serviços e produtos já citados, os trabalhadores também precisam perder dinheiro para a milícia. 

Comerciantes, mototaxistas, feirantes, entre outros, têm que pagar obrigatoriamente uma taxa mensal para manter seu serviço ativo nas regiões dominadas. Na prática, tudo isso resulta em uma inflação peculiar e um impacto significativo no bolso de todos.  

Rio de Janeiro vive uma constante guerra

As informações ao longo deste texto abrangem, especificamente, a Zona Oeste do Rio de Janeiro. Neste ano houve um aumento significativo de confrontos entre grupos rivais. Semana passada 1 trem e 35 ônibus foram incendiados. 

Esses episódios ocorreram após a morte de um suposto integrante da milícia carioca. Conhecido popularmente como “Faustão”, Matheus da Silva Rezende tinha 24 anos e era acusado de participar do grupo criminoso, que, inclusive, tem seu tio como chefe.

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Por fim, a polícia também aponta o conflito como motivo do ataque que resultou na morte de três médicos no início deste mês, sendo que uma das vítimas se assemelhava fisicamente a um rival dos agressores.

Imagem: rafapress / shutterstock.com