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Paulo Guedes nega demora e diz ser inviável o valor de R$ 600 para o Auxílio

Ministro afirma que esperava a aprovação da PEC para colocar em vigor o Auxílio Emergencial novamente

Na última sexta-feira (12/03), Paulo Guedes, ministro da Economia, comentou sobre a aprovação da Emenda à Constituição (PEC) que permite a volta do Auxílio Emergencial ainda neste semestre. O ministro diz que a volta do benefício no valor de R$ 600 não é sustentável e que o Ministério da Economia não atrasou o calendário do recurso, e sim a política.

Em entrevista ao site Jota, Guedes fala para não acreditarem na narrativa de que a economia está contra o Auxílio Emergencial e que tudo depende da política, que é quem dá o timing.

A Câmara dos Deputados aprovou na madrugada de sexta-feira a proposta da PEC Emergencial, que será publicada na segunda-feira (15/03). Os pagamentos começam apenas no mês de abril, pois a aprovação da Emenda à Constituição era essencial para a autorização do benefício.

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Auxílio Emergencial

Ao ser questionado sobre a verba de R$ 44 bilhões para o Auxílio Emergencial, Guedes defendeu este limite. O ministro fez a analogia de que não é possível oferecer um cheque em branco e que, se fizesse isso, a inflação, que tem subido rapidamente, ficaria imparável e os juros subiriam a ponto de fazer com que o Brasil entrasse em colapso por falta de compromisso com o protocolo fiscal.

O ministro também disse que esse limite protege a população que se encontra numa posição mais vulnerável na sociedade, pois, caso a inflação aumente, quem pagará por isso futuramente é a população mais frágil.

Vale lembrar que, em 2020, o Governo teve um orçamento de R$ 300 trilhões, o que pagou cinco parcelas de R$ 600 e quatro parcelas de R$ 300. Já neste ano, com um orçamento limitado, a média será de R$ 250 para cerca de 40 milhões de cidadãos.

Alta da inflação

Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Pesquisa (IBGE), a taxa de inflação aumentou para 5,20%, a maior desde 2017. A inflação acumulada nos últimos meses já se aproxima ao máximo da meta estabelecida pelo Banco Central, que era de 3,75%, mas que pode variar entre 2,25% e 5,25%.

Com a alta da inflação, consequentemente o preço dos alimentos, combustíveis e materiais de construção pesaram no bolso. Entretanto, Guedes afirma que esse resultado demonstra uma alta transitória e setorial, que é fruto da alta do dólar, das commodities (matéria-prima) e do Auxílio Emergencial.

O ministro da economia reforça que, de acordo com a aprovação da autonomia do Banco Central, o aumento de preços é temporário e o choque transitório de valores não será permanente ou generalizado.

Paulo Guedes continua no Ministério da Economia

Também questionado sobre sua permanência no governo, principalmente após a intervenção do presidente Jair Bolsonaro na Petrobrás, Paulo Guedes afirma que ficará no cargo enquanto for profícuo no Brasil.

Comentou ainda que assumiu um compromisso com o presidente do Brasil e com mais de 200 milhões de brasileiros, mas, a partir do momento em que ganhou o cargo, tornou-se demissível e pode sair rapidamente, fato que só ocorrerá caso não seja útil ao país.

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Imagem: rafapress / Shutterstock.com