Seu Crédito Digital
O Seu Crédito Digital é um portal de conteúdo em finanças, com atualizações sobre crédito, cartões de crédito, bancos e fintechs.

Paulo Guedes quer vender as praias brasileiras?

Declaração de Paulo Guedes sobre a venda de praias fere a Constituição e usuário se manifestam no Twitter

Tempo estimado de leitura: 2 minutos

Em entrevista recente ao Flow Podcast, o ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu a venda das praias brasileiras sob a justificativa de que esses espaços públicos não são bem administrados pelo Governo Federal. 

De acordo com a Constituição Federal brasileira, a venda de praias é proibida no país, por serem consideradas bens públicos de uso comum do povo. A entrevista foi transmitida no dia 27 de setembro, terça-feira.

Paulo Guedes e a venda de praias

O ministro declarou que a venda de praias no Brasil não é autorizada porque elas pertencem à Marinha, em teoria. Mas, como se trata de um local do governo, não é de posse de ninguém.  

Guedes ainda falou que o governo realiza manutenções nos quartéis da Marinha e não recebe nada por isso. No sentido da declaração, o ministro fala que o Governo Federal não recebe recursos e ainda é “prejudicado” por não conseguir realizar a venda das praias.

A venda de ilhas pode ser feita desde que por meio de uma cessão onerosa a fim de captar recursos com a exploração de recursos naturais. 

A depender da área, Guedes falou que a venda poderia gerar cerca de US$  1 bilhão para o país. 

Nas redes sociais, os usuários do Twitter se pronunciaram após a fala do ministro. Confira. 

Paulo Guedes é conhecido por defender práticas liberais, como a privatização de estatais

O que diz a Constituição?

Com base na Constituição de 1988, em vigor no país, a venda de praias é proibida. Veja o trecho:

“Praias são bens públicos de uso comum do povo, sendo assegurado, sempre, livre e franco acesso a elas e ao mar, em qualquer direção e sentido, ressalvados os trechos considerados de interesse de segurança nacional ou incluídos em áreas protegidas por legislação específica.”

Imagem: A.RICARDO / Shutterstock.com