Piloto que chamou nordestinos de “porcos nojentos” é condenado a pagar R$ 25 mil
Na última terça-feira (07), o piloto de avião Eduardo Pfiffer, que se referiu aos nordestinos como “porcos nojentos”, foi condenado a pagar R$ 25 mil.
Além do valor da multa, o profissional ainda será obrigado a ler o livro ‘Crimes de Ódio – diálogos entre a filosofia política e o direito’, como uma forma de reeducá-lo.
Segundo informações divulgadas pelo UOL, R$ 20 mil se referem à multa paga por uma ofensa proferida em 2014, enquanto R$ 5 mil serão pagos para substituir a prestação de serviços à comunidade que ele também foi condenado.
Com quatro parcelas a serem pagas a partir do próximo mês, a quantia da multa será destinada a uma instituição escolhida pela Justiça Federal.
Retratação pública do piloto
Ainda como parte da pena, o piloto precisou se retratar publicamente. Na nota, publicada pelo Ministério Público Federal em suas redes sociais, ele afirmou que usou uma escolha de palavras “infeliz”. O piloto afirmou em uma nota de desculpas:
“Gostaria mais uma vez de pedir desculpas pelo meu comportamento e deixar claro que não há e nunca houve nenhuma intenção de magoar ou ofender diretamente ninguém de forma tão pesada quanto foi dito. Foi um momento de raiva e imaturidade de minha parte, e com muita infelicidade no uso errado das minhas palavras”.
Entenda o caso
Em 2014, em uma publicação no Facebook, Eduardo Pfiffer se referiu aos nordestinos como “porcos, nojentos, relaxados, medíocres e escrotos de tudo”, ao reclamar sobre o atendimento que recebeu em um restaurante em João Pessoa, na Paraíba.
Na publicação, o piloto de avião afirmou que esperou mais de uma hora por um prato simples. Ao receber a comida, o prato veio errado, irritando o piloto, que ainda chamou a região de “lugar nojento”.
Logo após a publicação, o assunto foi noticiado pela mídia. Com a repercussão, o piloto foi demitido pela Avianca e logo depois se retratou nas redes sociais, afirmando que não tinha a intenção de ofender os nordestinos e que foi visitar a região diversas vezes.
Hoje, dez anos após o caso, a condenação de Eduardo foi feita em um acordo selado entre o piloto e o Ministério Público.
Imagem: Reprodução | Facebook (Eduardo Pfiffer)