Pix parcelado vai substituir cartão de crédito?
Desde o lançamento do Pix, no final de 2020, faltava uma característica que colocasse a ferramenta de pagamentos na competição com o cartão de crédito: a possibilidade de parcelar as compras. Com as novas opções que os bancos oferecem, isso pode mudar.
O Banco Central liberou essa nova função do Pix para alguns bancos e fintechs, que já acrescentaram essa possibilidade em seus aplicativos. A ideia é que a pessoa receba o valor total do pagamento, à vista, e quem paga, pode parcelar o valor.
Por enquanto, apenas o Santander, Mercado Pago e PicPay disponibilizam essa opção. Cada um possui as suas próprias regras. O principal motivo disso é que o Banco Central ainda não definiu como funciona o juros dessa operação.
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Atualmente, o cartão de crédito lida com altos juros, tanto para lojistas quanto para usuários. Assim, com o Pix parcelado pode ser que as taxas sejam diferentes e, a partir disso, haja uma migração para o uso da nova ferramenta. Tudo depende de como será a regularização desse parcelamento.
Como funciona o Pix parcelado?
Cada uma das três instituições que já oferecem essa opção possuem as suas próprias regras e taxas. Confira abaixo:
- Santander – O Pix pode ser dividido em até 24 parcelas, com 2,09% de juros por mês. O valor mínimo do parcelamento é de R$100;
- Mercado Pago – O parcelamento do Pix pode ser feito em até 12 vezes, com 2,5% de juros mensais. O valor mínimo para o parcelamento é de R$ 15;
- PicPay – O Pix pode ser dividido em 12 parcelas, com 3,99% de juros por mês. O valor mínimo não foi estipulado.
É importante se atentar às taxas, pois o custo final pode ser alto. Por causa dos juros, um produto comprado no Pix do Santander pode custar 64% mais. Já no modelo do PicPay, o valor fica 60% maior. Com o Mercado Pago o valor sobe 34%.
Apesar da facilidade, assim como o cartão de crédito, é necessário considerar se o parcelamento é a melhor opção. A recomendação continua a mesma: parcelar apenas se não houver outra escolha.
O Pix parcelado faz parte das novidades anunciadas pelo Banco Central em dezembro de 2021. É possível que ainda esse ano a ferramenta conte também com funções de agendamento, pagamento offline, por aproximação e transferência internacional.
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Imagem: rafapress / Shutterstock.com