Por que Lula se preocupa TANTO com a Argentina?

Mesmo com a crise no país vizinho, o presidente Lula ainda tem a Argentina como o topo de suas prioridades. Desde o início do seu mandato, foram 5 encontros com o presidente argentino, Alberto Fernández; sendo a última nesta segunda-feira (26).

Nesse último encontro, os presidentes comemoraram os 200 anos de relação diplomática entre os países. Além disso, mais uma vez, o líder do Executivo brasileiro garantiu que ajudará o país a se reerguer da crise econômica.

Em entrevista a um portal argentino, Lula já declarou que quanto melhor estiver a Argentina melhor o Brasil estará, no final das contas.

Presidente Lula tenta ajudar a Argentina economicamente

O presidente garante que sua meta é conseguir dar mais apoio financeiro para o país vizinho. Dessa forma, Lula está tentando parcerias com os bancos, para o financiamento de exportações à Argentina.

Na visita da última segunda-feira (26), os chefes dos dois países discutiram sobre as possibilidades e, ao fim do dia, confirmaram o plano de criar 100 ações para beneficiar a economia argentina.

Além disso, Lula e Fernández trataram da possibilidade de o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), dos Brics, financiar a economia argentina. Atualmente, o NBD é comandado pela ex-presidente Dilma Rousseff.

Entenda a crise na Argentina

Atualmente, os argentinos estão enfrentando a pior seca em quase 100 anos, na qual perderam 30% de sua produção agropecuária apenas em maio deste ano. No entanto, esse é só um dos motivos para a situação econômica do país.

A inflação está em cerca de 114,2%, a quarta maior do mundo. O Banco Central argentino aumentou as taxas de juros para 97% e mais de 40% da população já se encontra na linha da pobreza.

Por isso, o Brasil, sob comando do presidente Lula, está tentando achar artifícios econômicos para garantir que a economia argentina volte a crescer, por meio de incentivos e exportações, principalmente.

Além disso, Lula também tem defendido o país vizinho em diversas entrevistas internacionais, principalmente se opondo à grande pressão do FMI em relação ao pagamento da dívida internacional.

Imagem: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil