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Preço da gasolina cresceu 20%: Nem ICMS resolve!

Apesar da queda no preço da gasolina com a redução do ICMS, o combustível apresentou alta nos últimos meses

Tempo estimado de leitura: 3 minutos

A fixação do teto do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Produtos) entre 17% e 18% sobre os combustíveis, energia elétrica, telecomunicação e transporte coletivo, determinada pelo Governo Federal aos estados, já está surtindo efeito. 

O preço dos combustíveis baixou. De acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a gasolina apresentou queda de 5,01%. 

No entanto, mesmo com a redução da tributação, a disparada nos preços dos produtos nos últimos meses dificilmente será compensada. Isso se deve a forte alta de alguns itens, no período de 12 meses, acima do valor da inflação. 

O combustível, por exemplo, mesmo com a queda de 5%, apresentou alta de 20% no último ano. O gás de cozinha, item essencial às famílias brasileiras e que compromete cada vez mais o orçamento familiar das pessoas de baixa renda, teve elevação de mais de 23% no mesmo período. 

É importante ressaltar que os efeitos da legislação do ICMS ainda não foram sentidos totalmente, visto que passou a vigorar em junho, em meio a coleta de dados para o cálculo do IPCA-15 (Índice de Produtos ao Consumidor Amplo).

Variação dos itens com ICMS reduzido 

Com base nas informações fornecidas pelo IPCA, confira as variações dos itens que tiveram redução da tributação, no período de 12 meses. 

  • Diesel: + 61,89%;
  • Gasolina: + 20,38%;
  • Etanol: + 11,78%;
  • Gás veicular: + 30,68%;
  • Gás de botijão: + 23,79%;
  • Ônibus urbano: + 3,62%;
  • Plano de telefonia: + 1,87%;
  • Energia elétrica: – 4,86%.

Itens que tiveram queda no preço em Julho 

Alguns itens, em sua maioria da área alimentícia, apresentaram certa queda na prévia da inflação de Julho. O etanol está dentre eles. Veja. 

  • Laranja: – 22,16%;
  • Tomate: – 19,42%;
  • Cenoura: – 19,24%;
  • Cebola: – 10,08%;
  • Etanol: – 8,16%;
  • Brócolis:  – 5,92%;
  • Couve: – 5,39%;
  • Gasolina: – 5,01%;
  • Uva: – 4,79%;
  • Energia elétrica: – 4,61%.

Mesmo com a redução no mês de julho, os percentuais no acumulado de 12 meses representam alta significativa na maioria dos itens, como a gasolina. 

Os alimentos, por exemplo, mesmo com essa queda mensal, tiveram uma valorização substancial. 

Redução do ICMS impacta outras áreas 

O ICMS é uma tributação estadual. Parte dela, é destinada a outras áreas, como educação e saúde. Nesse sentido, ao reduzir os impostos sobre os combustíveis, os preços apresentam queda, mas, é preciso considerar que os repasses também deixam de ser realizados na mesma proporção. 

Isso porque uma boa parte do total arrecadado pelas unidades federativas são utilizados para a complementação de verbas da educação e da saúde, setores primordiais para a população. 

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Imagem: Isaac Fontana / shutterstock.com