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Vitória de Paulo Guedes: Câmara aprova privatização dos Correios

Câmara aprova privatização dos Correios, que faz parte do projeto econômico do ministro Paulo Guedes.

A privatização dos Correios foi aprovada pela Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (05). O PL 591/2021 passou com 286 votos favoráveis e 173 contrários. Além disso, 2 deputados se abstiveram do seu voto. A proposta agora irá para análise do Senado Federal. Após a aprovação no Senado, o projeto vai para sanção do presidente da república, Jair Bolsonaro. Entretanto, se os senadores fazerem alterações na redação do projeto, a Câmara deverá votar novamente. Após o aval do Congresso, o leilão dos Correios deve ser feito no primeiro semestre do ano que vem.

De acordo com o governo, a privatização dos Correios é necessária porque a autossuficiência e capacidade de investimentos futuros da estatal é incerta. Sendo assim, a privatização pode evitar um custo de R$ 2 bilhões ao ano para os cofres públicos. Porém, de acordo com a oposição, os Correios na verdade geram lucros para o estado. Nos últimos 20 anos, o governo lucrou 73% dos R$ 12,4 bilhões realizados pela estatal.

Privatização dos Correios: Prós e contras

A Associação dos Profissionais dos Correios (Adcap) criticou a aprovação na Câmara da privatização dos Correios. De acordo com a entidade, além de dar lucro, os Correios têm estrutura única que consegue atender todo o Brasil. O vice-presidente da entidade, Marcos Cesar Silva, acredita que a privatização dos Correios está sendo executada para atender aos interesses de pessoas interessadas nestes lucros. O líder da oposição à venda da estatal, Marcelo Freixo (PSB-RJ), disse que caso a privatização seja aprovada, vai recorrer à Justiça.

Ademais, a também representante da minoria, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) argumentou contra o texto do PL: “Nós vamos enfiar este País que deveria ser soberano, autônomo, numa situação de sucumbência. Nós estamos colocando este País de joelhos. Nós precisamos garantir a soberania e a autonomia e fazer com que esse serviço público universal chegue a todo o Brasil”.

Já a maioria favorável à privatização, argumenta que a privatização deve resolver a burocratização e a qualidade do serviço prestado hoje pelos Correios. O líder do Cidadania, deputado Alex Manente (SP), disse que “Não há investimento na modernização. Há burocratização. Com esse novo modelo, teremos condições de ter um mercado livre, com a possibilidade de controle pela agência reguladora para não permitir abusos e conseguir um serviço modernizado, eficiente e adequado a estes novos tempos, o que o Correio não consegue fazer”.

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Imagem: Vergani Fotografia / shutterstock.com