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Quais foram os indicadores da Azul no 2T21? Veja os resultados

Veja os resultados da companhia aérea nesse trimestre e como andam suas operações.

Quais foram os indicadores da Azul no 2T21? Primeiramente, a Azul é a maior companhia aérea do Brasil, levando em conta o número de decolagens e cidades atendida. Nesse sentido, cerca de 80% das rotas da companhia são exclusivas, com a empresa sendo líder em 84 cidades brasileiras.

Dito isso, a Azul foi extremamente afetada pelas restrições feitas devido ao Covid-19. Sob tal aspecto, o setor aéreo, de forma geral, foi um dos mais afetados pela pandemia. Sendo assim, a companhia registrou prejuízos entre o 3T19 e o 3T20, voltando a peformar positivamente, no 4T20 e negativamente no 1T21.

Indicadores da Azul

Com o intuito de tomar uma decisão de investimento com base nos fundamentos da empresa, é necessário avaliar sua situação financeira e mercadológica. Nesse sentido, os indicadores ajudam a fornecer uma visão macro da companhia e de suas operações, podendo auxiliar o investidor nessa tomada de decisão.

Dito isso, falaremos brevemente sobre alguns indicadores, os resultados e histórico que os acompanham. Todavia, vale ressaltar que esse artigo não é uma indicação de investimento, e tem por objetivo somente comentar sobre os resultados publicados pela empresa.

Ademais, também se faz válido ressaltar que os números nesse artigo foram tirados das cotações e demonstrações disponíveis até o dia 31/08/2021. Por fim, usaremos as ações preferenciais da Azul como base de análise, sendo seu código na B3 AZUL4.

Indicadores de Rentabilidade e Histórico da Azul

De uma forma geral, toda análise fundamentalista de uma empresa passa pela avaliação da sua rentabilidade. Sendo esse um dos principais aspectos para um investidor, visto que é por meio da capacidade de gerar lucros que o ativo traz retornos.

Lucro Líquido

Em suma, o lucro líquido de uma empresa é o rendimento total da organização, e reflete o ganho real das atividades econômicas realizadas pela companhia.  Portanto, o rendimento obtido depois de descontados todos os custos fixos resume o lucro líquido.

Portanto, ele representa basicamente os ganhos da empresa obtidos pelas vendas de serviços e produtos, retirando os custos para a fabricação ou prestação do serviço.

Desta forma, o lucro líquido da Azul no 2T21 foi de R$ 1.073,2 milhões, principalmente devido ao ganho ocasionado pela variação monetária no período. Sob tal aspecto, excluindo a variação cambial, a companhia apresentou R$ 1.168,6 milhões de prejuízo.

Margem líquida

Por sua vez, a margem líquida representa a porcentagem de lucro líquido que uma empresa obteve em relação à sua receita total. Assim, o indicador revela a eficiência das operações da companhia, sendo maior em operações mais eficientes, pois indica que uma maior parte da receita se tornou lucro efetivo.

Nesse sentido, a margem líquida da Azul no 2T21 foi de 63%, levando em conta os ganhos com as variações cambiais. Já levando em conta apenas as operações não financeiras, a companhia apresentou -68,6% de margem.

EBITDA

De antemão, podemos afirmar que o EBITDA é um dos indicadores mais usados pelos analistas fundamentalistas. Nesse sentido, a sigla em inglês significa Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, em português poderia ser traduzido como “lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização”.

Sendo assim, o EBITDA demonstra o potencial real de geração de caixa da companhia, descartando despesas que não são relacionadas a parte tangível da empresa.

Dito isso, o EBITDA da Azul no 2T21 foi de R$ 50,9 milhões negativos, que, comparado com o resultado do 2T20, foi R$ 273,4 milhões maior. Contudo, mesmo com a melhora, a recuperação não foi suficiente para alcançar um EBITDA negativo.

Margem EBITDA

Em resumo, a Margem EBITDA caracteriza a capacidade operacional de caixa das empresas, ou seja, representa a aptidão da companhia em gerir recursos mediante as atividades operacionais. Além disso, o indicador não considera os impostos e os efeitos financeiros.

Dessa forma, a divisão do EBITDA pela receita líquida multiplicada por 100, para aparecer em forma de porcentagem, fornece o cálculo do índice. Nesse sentido, empresas endividadas não devem ser analisadas somente por meio desse indicador, uma vez que os proventos de juros são retirados desse cálculo.

Sendo assim, a margem EBITDA da Azul foi de -3%, cerca de 77,8 p.p. acima da margem do 2T20.

Histórico de Dividendos da Azul

Em síntese, os dividendos são a parte do lucro que a empresa repassa para seus acionistas. Dessa forma, como sócio da empresa, o investidor tem direito a receber os proventos que esta distribui, tornando essa uma das principais formas de se ganhar dinheiro passivamente com ações.

Do mesmo modo, o Dividend Yield mede a porcentagem de dividendos em comparação ao preço da ação. Por exemplo, um Dividend Yield de 10% mostra que 10% do valor da ação está sendo repassado em forma de dividendos para os acionistas.

Dito isso, já há alguns anos a Azul não distribui dividendos, o que deve continuar acontecendo por algum tempo. Nesse sentido, a empresa já apresentava resultados negativos desde antes da pandemia, como no terceiro e quarto trimestre de 2019.

Endividamento da Azul

Primeiramente, a dívida bruta da Azul aumentou cerca de 5,1% no fechamento do 2T21, em comparação com o 1T21 e 6% na comparação com o 2T20.

Em contrapartida, a liquidez total da companhia aumentou 31% comparando o 2T21 com o 1T21. Dito isso, a dívida líquida da Azul caiu 7,6% comparando os dois períodos, e 12,7 em relação ao 2T20.

Nesse sentido, a empresa realizou a oferta pública de U$ 600 milhões em dívida não-colateralizada, com uma taxa de 7,375%, com vencimento em 2026. Com isso, a Azul usará esse capital para repagar postergações e dívidas de curto prazo e fazer frente a despesas de capital futuras para a companhia.

Considerações finais

Em resumo, a Azul vem se recuperando dos efeitos negativos gerados pela pandemia do Covid-19. Apesar disso, a empresa ainda continua sem receita suficiente para arcar com as suas dívidas operacionais, fazendo com que acumule prejuízos nessas operações.

Desta forma, a companhia conseguiu realizar uma captação menos custosa do que o esperado a princípio, devido a maior demanda em comparação ao previsto.

Por fim, ainda é cedo para apostar na retomada completa da empresa, sendo difícil prever quando a Azul voltará a gera lucros e ter rentabilidade confortável.

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Imagem: Gabriel_Ramos / shutterstock.com