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Quais foram os indicadores da Cogna no 2T21?

Avalie os resultados da companhia e seu histórico recente de operações

Quais foram os indicadores da Cogna no 2T21? Primeiramente, a Cogna Educação figura entre o top 10 das maiores empresas de educação do mundo. Desta forma, a companhia é a maior no setor de ensino superior no Brasil. Além disso, em 2014 ela foi fundida à sua maior concorrente, a Anhanguera, tornando-se a maior empresa de ensino superior de todo o globo.

Atualmente, as demonstrações publicadas no ano passado informaram prejuízos grandes para a companhia, que tenta explicar a diminuição abrupta da rentabilidade nas mudanças ocasionadas tanto pelos alunos participantes do FIES, quanto pelos problemas financeiros ligados à pandemia do covid-19. Dito isso, iremos analisar a Cogna, principalmente, a partir do ano de sua fusão, em 2014.

Por fim, os resultados da companhia vêm demonstrando sensível melhora em 2021, apesar de ainda acarretarem em prejuízo nesse 2T21.

Indicadores da Cogna

Com o intuito de tomar uma decisão de investimento com base nos fundamentos da empresa, é necessário avaliar sua situação financeira e mercadológica. Nesse sentido, os indicadores ajudam a fornecer uma visão macro da companhia e de suas operações, podendo auxiliar o investidor nessa tomada de decisão.

Dito isso, falaremos brevemente sobre alguns indicadores, os resultados e histórico que os acompanham. Todavia, vale ressaltar que esse artigo não é uma indicação de investimento, e tem por objetivo somente comentar sobre os resultados publicados pela empresa.

Ademais, também se faz válido ressaltar que os números nesse artigo foram tirados das cotações e demonstrações disponíveis até o dia 02/09/2021. Por fim, usaremos as ações ordinárias da Cogna como base de análise, sendo seu código na B3 COGN3.

Indicadores de Rentabilidade e Histórico da Cogna

De uma forma geral, toda análise fundamentalista de uma empresa passa pela análise da sua rentabilidade. Sendo esse um dos principais aspectos para um investidor, visto que é por meio da capacidade de gerar lucros que o ativo traz retornos.

Lucro Líquido

Em suma, o lucro líquido de uma empresa é o rendimento total da organização, e reflete o ganho real das atividades econômicas realizadas pela companhia.  Assim, o rendimento obtido depois de descontados todos os custos fixos resume o lucro líquido.

Portanto, ele representa basicamente os ganhos da empresa obtidos pelas vendas de serviços e produtos, retirando os custos para a fabricação ou prestação do serviço.

Desta forma, a Cogna apresentou novamente prejuízos nesse 2T21, não conseguindo repetir o resultado positivo do 1T21. Em contrapartida, comparando os dois primeiros semestres de 2021 e 2020, a companhia conseguiu uma redução de 85% no prejuízo acumulado.

Margem líquida

Por sua vez, a margem líquida representa a porcentagem de lucro líquido que uma empresa obteve em relação à sua receita total. Assim, o indicador revela a eficiência das operações da companhia, sendo maior em operações mais eficientes, pois indica que uma maior parte da receita se tornou lucro efetivo.

Dito isso, a margem líquida da Cogna no 2T21 foi de -1,6%, contra 0,5% no 2T20 e -10,2% no 2T20.

EBITDA

De antemão, podemos afirmar que o EBITDA é um dos indicadores mais usados pelos analistas fundamentalistas. Nesse sentido, a sigla em inglês significa Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, em português poderia ser traduzido como “lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização”.

Sendo assim, o EBITDA demonstra o potencial real de geração de caixa da companhia, descartando despesas que não são relacionadas a parte tangível da empresa. Nesse sentido, o EBITDA recorrente da Cogna no 2T21 teve um aumento de 173,2% na comparação com o 2T20, chegando aos R$ 330 milhões.

Margem EBITDA

Em resumo, a Margem EBITDA caracteriza a capacidade operacional de caixa das empresas, ou seja, representa a aptidão da companhia em gerir recursos mediante as atividades operacionais. Além disso, o indicador não considera os impostos e os efeitos financeiros.

Dessa forma, a divisão do EBITDA pela receita líquida multiplicada por 100, para aparecer em forma de porcentagem, fornece o cálculo do índice. Nesse sentido, empresas endividadas não devem ser analisadas somente por meio desse indicador, uma vez que os proventos de juros são retirados desse cálculo.

Dito isso, a margem EBITDA recorrente da Cogna cresceu cerca de 16,5 p.p. comparando o 2T20 com o 2T21. Sendo assim, a companhia atingiu os 25,3% no indicador, ficando 3,6 p.p. abaixo do número apresentando no 1T21.

Histórico de Dividendos da Cogna

Em síntese, os dividendos são a parte do lucro que a empresa repassa para seus acionistas. Dessa forma, como sócio da empresa, o investidor tem direito a receber os proventos que esta distribui, tornando essa uma das principais formas de se ganhar dinheiro passivamente com ações.

Do mesmo modo, o Dividend Yield mede a porcentagem de dividendos em comparação ao preço da ação. Por exemplo, um Dividend Yield de 10% mostra que 10% do valor da ação está sendo repassado em forma de dividendos para os acionistas.

Sob tal aspecto, a Cogna não distribui dividendos desde 2019, tendo usado boa parte dos seus lucros nesse período para investimento em expansão e compras de novas empresas.

Endividamento da Cogna

Primeiramente, a Cogna vem tentando realizar um processo de alongamento dos vencimentos de suas dívidas, através de captação de novas debentures. Dito isso, a companhia reduziu sua divida total na comparação com o 1T21, chegando aos R$ 1.427 milhões em dívida líquida.

Dívida líquida / EBITDA ajustado

Da mesma forma, a Dívida líquida / EBITDA fornece o número de anos que uma empresa levaria para pagar sua dívida líquida, no cenário em que o EBITDA permanece constante.

Nesse sentido, a relação dívida líquida / EBITDA ajustado da Cogna se manteve em um patamar aceitável da empresa, que prevê uma alavancagem de ate 3x. Dito isso, no encerramento do 2T21 a relação era de 2,13x, contra 1,97x no 1T21 e 1,89x no 4T20.

Considerações finais

Em suma, a pandemia afetou fortemente as operações da Cogna, que já haviam sofrido pelas mudanças ocorridas no modelo do FIES. Ainda assim, a empresa vem conseguindo recuperar alguns números operacionais, e tem boas esperanças de melhoras ainda mais com a flexibilização das medidas de combate ao covid 19.

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Imagem: Brenda Rocha – Blossom / shutterstock.com