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Quais mudanças aconteceram no banco de horas com a reforma trabalhista? Entenda seus direitos

Entenda as mudanças no banco de horas com a reforma trabalhista e conheça seus direitos. Saiba como isso pode afetar seu trabalho.

reforma trabalhista de 2017 trouxe diversas alterações nas relações entre empregados e empregadores. Uma das temáticas que mais geraram conversa foi a mudança nas regras do banco de horas, criando um cenário de maior flexibilidade e possibilidades de negociação. Este artigo visa esclarecer como essas mudanças impactam o dia a dia de trabalhadores e empresas.

O banco de horas é um sistema que permite a compensação de horas trabalhadas além da jornada normal, com folgas ou redução da carga horária em outro momento. Ao invés de pagamento de horas extras. Esse modelo visa uma maior flexibilidade para adaptar a carga de trabalho às necessidades tanto do empregado quanto do empregador.

Quais as mudanças com a reforma trabalhista?

Antes da reforma trabalhista, a implementação do banco de horas demandava um acordo ou convenção coletiva de trabalho, com a participação obrigatória do sindicato representativo. O prazo para a compensação das horas acumuladas era de até um ano, estabelecendo um processo mais burocrático e prolongado.

mão feminina carimbando um documento ao lado de uma carteira de trabalho
Imagem: Gabriel_Ramos / shutterstock.com

Com as alterações promovidas pela reforma, tornou-se viável pactuar o banco de horas diretamente entre empregador e empregado por meio de contrato individual escrito. Essa flexibilização reduziu o prazo de compensação para até seis meses e ainda permitiu a validação de acordos verbais para compensação dentro de um mês, eliminando a necessidade de envolvimento sindical, agilizando o processo e conferindo mais autonomia às partes envolvidas.

Como o banco de horas beneficia empregado e empregador?

A flexibilização do banco de horas traz benefícios mútuos. Para o empregado, oferece a possibilidade de ajustar sua jornada de trabalho conforme suas necessidades pessoais, como em situações que requerem folgas programadas ou ajustes na jornada. Já para o empregador, possibilita um gerenciamento mais eficiente das horas de trabalho, adaptando-se às variações de demanda.

Como calcular o banco de horas após a Reforma?

  • Identifique a jornada de trabalho regular do empregado.
  • Registre todas as horas trabalhadas além dessa jornada.
  • Acumule as horas extras no banco de horas conforme o acordo.
  • Compense as horas acumuladas em folgas ou redução de jornada dentro do prazo estabelecido pelo acordo.

Por exemplo, se um empregado trabalha 8 horas diárias e acumula 2 horas extras em uma semana, essas horas podem ser compensadas com folgas ou redução de jornada. Conforme acordado previamente, ajustando-se às necessidades de ambas as partes.

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A reforma trabalhista e a flexibilização do banco de horas representam um avanço nas relações de trabalho no Brasil. A possibilidade de negociação direta entre empregado e empregador promove uma adaptação mais dinâmica às necessidades de ambos, contribuindo para um ambiente de trabalho mais equilibrado e produtivo.

Imagem: Gabriel_Ramos | shutterstock.com