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Maioria das reduções de salário e jornada durante a pandemia foram de 50%, segundo Salariômetro

Por causa da pandemia do novo coronavírus, muitas empresas optaram por fazer reduções de salário e jornada de trabalho de seus colaboradores. Outras, ainda, fizeram a escolha de suspender contratos para que os funcionários voltem ao trabalho após o isolamento social.

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Maioria das reduções de salário e jornada são de 50%

De acordo com o Salariômetro, pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a medida mais comum entre as empresas que tiveram mudanças na pandemia foi a redução de 50% de salário. No total, mais de 1,7 milhão de pessoas sofreram reduções de salário ou tiveram contrato suspenso devido à pandemia, até o dia 16 de abril. Os dados são do Ministério da Economia.

A FIPE ainda divulgou que, desses acordos e convenções coletivas, 22% são de bares, restaurantes e hotéis. Em segundo lugar, está o setor de transportes, armazenagem e comunicação, com 21,6% dos acordos feitos na pandemia. Em terceiro lugar, com 12,9%, está o comércio de atacado e varejista. Os setores de vigilância e segurança privada foram os que menos alteraram seus acordos com colaboradores.

As reduções de jornada e salário, além da suspensão de contratos, são alternativas para não demitir os funcionários durante a pandemia, e têm sido adotadas por muitos negócios. Empresas como Banco Inter, Bradesco, Lojas Renner, Magazine Luiza, Natura, Porto Seguro, Santander, entre outras, estão à frente do movimento #Nãodemita. A iniciativa apela para a responsabilidade social das empresas.

A campanha reforça que há linhas de crédito voltadas para os empresários manterem os empregos nesse momento, além de que há custos em uma demissão, sendo maiores que os salários em curto prazo. Além disso, o governo está isentando as empresas de recolherem o FGTS durante três meses. Até agora, mais de 32 mil empresas aderiram ao movimento.

Setores mais afetados pela pandemia

Estima-se que o setor de bares e restaurantes tenha 6 milhões de pessoas que podem ser afetadas significativamente com a crise do novo coronavírus. Segundo o Sindicato de Bares e Restaurantes (SindRio), 46,6% dos estabelecimentos do setor na capital carioca estão fechados. Outro dado do setor é que 62% dos restaurantes tiveram pedidos de créditos negados na cidade, além de haver 20 mil postos de trabalho a menos na região com devido à crise.

Falando sobre todo o país, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o setor mais afetado foi a indústria. De acordo com a pesquisa da fundação, 43% das empresas desse ramo disseram ter sido impactadas pela pandemia. Em segundo lugar, ficou o comércio, com 35% das empresas afetadas. Os dados refletem a situação dessas empresas em março. Dentro da indústria, o segmento mais afetado foi o de Petróleo e biocombustíveis (88,3%).

Em relação aos próximos meses, o setor da economia que espera piora é o de vestuário e calçados, de acordo com 74,7% das empresas do ramo que responderam a pesquisa. Em seguida, estão os setores de veículos automotores, com 71,6%, e móveis e eletrodomésticos, com 71,5%.

Enquanto isso, muitos buscam alternativas para vender online, fazer entregas ou até vender vouchers para os clientes comprarem os produtos com desconto e consumirem após a quarentena. Realizar eventos online, como palestras e webinars, também tem sido uma alternativa para alguns setores faturarem nesse período.

Como sobreviver à redução salarial

A primeira opção para muitos que têm a renda reduzida é usar o dinheiro que têm para quitar dívidas, seja ele do Auxílio Emergencial, saque aniversário ou reserva de emergência. Entretanto, antes de sair pagando dívidas e ficar sem caixa, é fundamental negociar, pedir prazos maiores e tentar diminuir o valor de suas prestações.

Se não conseguir renegociar e estender prazos, o mais inteligente é trocar as dívidas caras pelas dívidas baratas. Isso significa pagar aquelas com juros maiores, mesmo que isso signifique pegar dívidas com juros menores. Um empréstimo pessoal no banco cobra menos juros ao mês do que o rotativo do cartão de crédito, por exemplo.

Outro recurso, enquanto as coisas não voltam ao normal, é fazer uma renda extra se você teve sua jornada reduzida. Com o tempo que sobrou, aproveite para ganhar um dinheiro com aquelas coisas que as pessoas estão buscando no momento. Vale fazer entregas de comida (seja preparando ou sendo um entregador), ensinar o que você sabe em aulas virtuais, dar consultoria sobre assuntos específicos, vender máscaras, revender e-books como afiliado etc.

É importante ser criativo, entender o que as pessoas estão priorizando para consumir, usar a internet a seu favor e, é claro, buscar seus direitos. Afinal, auxílio emergencial, saque aniversário e prorrogação de vencimento de dívidas são benefícios que podem lhe ajudar a lidar com essa crise.

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Imagem: Valeria Boltneva / Pexels