RISCO: 60 milhões de cartões de crédito serão cancelados; confira
Além do cancelamento dos cartões de crédito, pode ocorrer um impacto negativo bilionário no cenário econômico. Veja mais!
Sessenta milhões de cartões de crédito correm o risco de serem cancelados. Este alerta parte do CEO do Itaú Unibanco, Milton Maluhy Filho. Ele acredita que o teto de juros para rotativo do cartão pode gerar um impacto econômico negativo bilionário, com a retirada de consumidores do mercado.
Os juros do rotativo do cartão de crédito são pauta de diversos debates entre o Governo Federal e instituições financeiras. Em setembro, a taxa chegou a 441,1%, segundo o Banco Central (BC). O texto que prevê o fim do rotativo faz parte do projeto de lei do Desenrola, aprovado pelo Senado em outubro.
Cancelamento de cartões de crédito e impacto negativo na economia, prevê CEO do Itaú
Em conversa com o analista Jorge Kuri, do Morgan Stanley, Maluhy Filho disse que, se o banco tem um limite de 8% de juros, é necessário realizar cortes. Nesse sentido, cartões de crédito precisam ser cancelados. Ele afirma, ainda, que pode ocorrer um impacto de R$ 350 milhões na economia, devido à retirada de consumidores.
Além disso, o CEO do Itaú assegurou que a questão do rotativo do cartão está sendo tratada de forma muito mais política do que técnica. De acordo com ele, se não houver uma resolução em 90 dias (prazo estabelecido pela lei aprovada no Senado), a adoção automática do teto não fará o problema sumir.
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Entenda como o rotativo do cartão de crédito funciona
Em síntese, pode-se compreender o rotativo do cartão como a ‘bola de neve’ quando consumidores pagam apenas parte das faturas dos cartões de crédito. Assim, ao adiar o pagamento, eles passam a arcar com o que ainda está pendente e também com os juros em cima das próximas prestações.
Segundo o CEO do Itaú, o cartão de crédito é o meio de pagamento mais eficiente para o consumo do país. Por fim, é importante destacar que, se nenhuma decisão unânime ocorrer até o final do ano, valerá o projeto de lei que define que a dívida pode, no máximo, dobrar no período de um ano.
Imagem: sasirin pamai/ vecteezy.com