Rombo na Previdência Social desequilibra contas públicas
Segundo o IBGE, o déficit na Previdência Social está em R$ 248 bilhões, o que contribui para o desequilíbrio das contas públicas. Entenda!
Embora ainda haja previsão de déficit zero no Orçamento de 2024, o que significa equilíbrio nas contas públicas, igualando despesas e receitas, o déficit na Previdência Social é um dos principais motivos de desequilíbrio das contas públicas, levando o governo a encerrar 2023 com um saldo negativo de R$ 141 bilhões.
Dessa forma, para cumprir a promessa de déficit zero em 2024, o governo deve cortar despesas e também aumentar a arrecadação. Assim, é sabido que será preciso que a equipe econômica corte pelo menos R$ 50 bilhões nos gastos públicos nos primeiros meses de 2024. Veja mais detalhes!
Déficit da Previdência Social

Marcos Mendes, professor do Insper, afirmou ao Jornal Nacional, da TV Globo, que o governo aumentou muito os gastos para depois encontrar a receita para financiá-los. Porém, de acordo com o professor, as autoridades não estão conseguindo encontrar a fórmula correta e é necessário parar de aumentar as despesas.
Além disso, embora o número de contribuintes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tenha aumentado consideravelmente, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o déficit na Previdência está em R$ 248 bilhões.
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Para o economista José Márcio Camargo, ainda que a reforma da Previdência tenha reduzido as despesas de forma significativa, elas continuam crescendo. Por isso, é preciso encontrar um modelo que transforme o aumento da receita em algo maior que o aumento de despesas.
Reforma administrativa
Segundo alguns economistas, é preciso efetuar uma Reforma Administrativa, para diminuir as despesas. Assim, será possível rever salários e a estabilidade dos servidores públicos. No entanto, embora a proposta da reforma tenha surgido durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), ela não progrediu no Congresso Nacional.
Por fim, Marcos Mendes ainda cita o aumento das despesas do Legislativo com as emendas parlamentares, que financia partidos e eleições, o que contribui para que o governo não encontre receita para cobrir as despesas.
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