Mesmo em queda, desemprego é o principal motivo de endividamento no país

Com base nos últimos dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o nível de desemprego chegou ao seu menor patamar em uma década no último mês de setembro, a 7,7%. Ainda assim, este é o principal motivo de endividamento entre os brasileiros. 

De acordo com a pesquisa Perfil e Comportamento do Endividamento Brasileiro 2023, realizada pela Serasa, Flexpag e Opinion Box, a falta de emprego é o principal fator que leva ao endividamento em 22% dos casos. No entanto, no ano passado, o percentual era de 29%. 

Ao longo dos últimos anos, este patamar vem registrando quedas consecutivas, conforme indica o estudo. Em 2018, este contingente alcançava 47%, quando o volume de desempregados era superior ao atual. 

Motivos do endividamento e a relação com o desemprego

Assim sendo, com base nos dados da pesquisa, os principais motivos de endividamento dos brasileiros e ano são:

• Desemprego: 22%;
• Redução da renda: 20%;
• Empréstimo do nome: 17%;
• Falta de controle financeiro: 12%;
• Saúde: 8%. 

Neste cenário, o contingente de brasileiros na inadimplência que contraíram dívidas por conta de uma redução na renda subiu 8 p.p. entre 2022 e 2023.

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Porcentagem ao longo dos anos

Além disso, no que se refere à relação entre o endividamento ligado ao desemprego ao longo dos últimos anos no Brasil, a realidade foi a seguinte:

• 2018: 76%;
• 2019: 71%;
• 2020: 58%;
• 2021: 53%;
• 2022: 53%;
• 2023: 55%. 

Principais gastos dos brasileiros 

Por fim, o estudo ainda revela os principais gastos dos brasileiros neste ano. O maior destaque está relacionado com as compras nos supermercados, que representam 33%. Veja. 

• Cartão de crédito: 29%;
• Contas básicas (água, luz, gás, etc): 24%;
• Aluguel: 22%;
• Empréstimos: 18%.

Vale destacar que os gastos realizados por meio do cartão de crédito apresentaram alta de 3 p.p. na comparação entre os últimos 12 meses e os anos anteriores. Sob esta perspectiva, as dívidas com cartão impactam 55% da população endividada.

Imagem: Brenda Rocha – Blossom / Shutterstock.com