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Roubos e furtos no Brasil são subnotificados, diz IBGE

Confira mais sobre os roubos que acontecem no país e que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, são subnotificados.

Os dados foram informados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE, realizada em 2021, tendo como referência o período de 1 ano antes das entrevistas realizadas. Na pesquisa, menos de 45% das vítimas de furto de rua reportaram o crime à polícia.

Quando o assunto é roubo, a porcentagem aumentou, mas muito pouco, indo para 57,1% de entrevistados que noticiaram o crime à polícia. Cabe lembrar que roubo é configurado quando o item é removido da vítima por meio de ataque, intimidação ou ameaça.

Também ficou registrado que, apesar de chegar até a polícia, nem sempre existe a continuação da ação como, por exemplo, 15% das vítimas de furto domiciliar não foram adiante com a notificação feita em delegacia.

Roubos e furtos de veículos

Nos casos em que veículos são roubados ou furtados, a busca por amparo policial aumenta e muito, chegando a 84,9% em relação aos furtos de motocicletas, e 91% em relação aos carros roubados. E o progresso com a ocorrência também fica elevado, aproximando-se de 98% de ocorrências registradas nesses casos.

Segundo a pesquisadora do IBGE à Agência Brasil, Alessandra Brito, ela acredita que a razão para tal número é o seguro que a maioria das motocicletas e automóveis possuem, pois exigem registro de ocorrência para fazer o pagamento, enquanto a subnotificação dos demais crimes têm diversos motivos.

Outros dados revelados pela pesquisa

Foi verificado também que, dentro de todas as modalidades de roubo, o assaltante portava alguma arma de fogo acima de 60% das vezes, chegando até 95% quando se tratava de roubo de automóvel.

Segundo a pesquisa, a maioria das vítimas se encontravam entre 25 e 39 anos de idade, sendo que 50,8% eram homens e 49% pardos.

Também se demonstrou que no ano de 2021, 1,8 milhão de pessoas de 15 ou mais anos de idade sofreram alguma categoria de roubo, o que equivale a 1,1% do total da população brasileira. A área com maior porcentagem é o Norte, com 1,8% do total, enquanto a menor foi o Sul, tendo apenas 0,5%.

Em virtude do medo de ser vítima desses crimes, 68% dos domicílios brasileiros adotaram algum tipo de recurso de segurança, sendo as principais medidas: fechaduras reforçadas, grades, travas ou trancas, que se encontram em 41%.

Logo após estão as grades ou muros altos, cacos de vidro ou arame farpado, que 35,5% dos entrevistados alegaram ter em suas casas. Por fim, 2,8% das residências tinham alguma arma de fogo.

Imagem: cunaplus / shutterstock.com