Starbucks perdeu a autorização para operar no Brasil; as lojas serão fechadas?
Entenda por que a Starbucks pode deixar de funcionar no Brasil. Empresa que controla a marca faz diversos pedidos à Justiça.
As lojas da Starbucks podem fechar no Brasil ou, pelo menos, deixar de usar e vender os produtos da marca americana. Isso porque a controladora da marca no Brasil perdeu o direito de concessão que tinha com a empresa matriz por inadimplência.
A SouthRock Capital é representante de marcas famosas (Starbucks e Subway), além de operar diversos restaurantes pelo Brasil. No mês passado, a empresa entrou com um pedido de recuperação judicial na Justiça de São Paulo. De acordo com os documentos, a dívida é de cerca de R$ 1,8 bilhão.
O motivo para esse endividamento é a queda no faturamento que a pandemia de covid-19 causou na empresa, já que vários restaurantes ficaram fechados. Além disso, eles apontam a dificuldade em conseguir crédito no mercado para manter as operações.
Decisão da Starbucks nas mãos da Justiça
No pedido de recuperação judicial que a SouthRock apresentou, a empresa pede que a Justiça suspenda os efeitos da rescisão de contrato entre ela e a Starbucks Coffe International. O documento relata que a controladora recebeu uma notificação extra judicial avisando sobre a quebra do contrato.
Para a Justiça, os advogados da SouthRock alegaram que a Starbucks representa um ganho anual de R$ 50 milhões. Portanto, é essencial para os planos de recuperação da controladora. Assim, sem a marca, a SouthRock não teria como sair dessa situação.
Bloqueio dos recebíveis
Além do direito de usar a marca Starbucks até o final da mediação com a empresa americana, a controladora pediu que a Justiça suspenda a retenção dos recebíveis da SouthRock por parte dos seus credores.
Veja também:
Limite no Nubank de R$ 5 mil: veja como liberar no seu cartão
Conforme os documentos apresentados, 80% das dívidas da empresa se referem a operações de adiantamentos de recebíveis. Nessa modalidade de empréstimo, a empresa oferece como garantia o dinheiro que ainda vai receber dos seus clientes, como os pagamentos com cartões de débito e crédito.
Sem dinheiro para pagar os credores, a controladora teme que os bancos retenham esses valores, o que a deixará sem caixa para pagar trabalhadores e fornecedores.
Imagem: Grand Warszawski / Shutterstock.com
