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STF toma importante decisão sobre a cobrança de PIS/Cofins; entenda

STF toma importante decisão sobre a cobrança de PIS/Cofins. Saiba mais sobre os detalhes e implicações dessa determinação.

Em uma decisão aguardada por muitos no setor empresarial, o Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu, nesta quinta-feira, 11 de fevereiro de 2024, que as empresas de aluguel de bens móveis e imóveis deverão pagar PIS e COFINS. Este entendimento impacta diretamente o setor, envolvendo um montante estimado em R$ 36,2 bilhões, como apontado pela Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024.

A vitória obtida no STF pelos favoráveis à cobrança desses tributos baseou-se na interpretação de que as receitas provenientes de atividades de locação se encaixam perfeitamente no conceito de faturamento. Assim, empresas cujo core business é a locação de bens móveis e imóveis, estão, a partir de agora, obrigadas ao recolhimento dessas contribuições federais.

Por que essa decisão do STF é relevante?

Ao longo dos anos, a questão da tributação sobre atividades específicas, como é o caso do aluguel de bens, gerou numerosos debates judiciais. As empresas do setor argumentavam que a locação não deveria ser enquadrada no conceito de faturamento, visto que não se trata da venda de mercadorias ou da prestação de serviços, mas de uma atividade de cessão de uso.

Notas e moedas de real sobre uma mesa ao lado de uma calculadora representando o PIS Pasep. PIS/CONFINS STF
Imagem: rafastockbr / shutterstock.com

No entanto, a decisão do STF põe fim a essa controvérsia, ampliando a interpretação do que deve ser considerado faturamento para efeitos fiscais. Com a decisão, as empresas de locação de móveis e imóveis terão um novo componente a considerar em sua carga tributária. A necessidade de recolhimento do PIS e da COFINS poderá exigir reajustes nos preços dos aluguéis.

O que são PIS e Cofins e para que servem?

O PIS e a COFINS são contribuições sociais, cuja principal finalidade é financiar a seguridade social, incluindo a Previdência Social, a assistência social e a saúde pública no Brasil. Ambas as contribuições incidem sobre a receita bruta das empresas, variando conforme o regime de tributação ao qual a empresa está submetida.

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A decisão do STF reafirma a importância dessas contribuições para a manutenção e o financiamento de políticas sociais críticas para a população brasileira.

  • O PIS destina-se ao financiamento do seguro-desemprego e abono salarial.
  • A COFINS financia a seguridade social, abrangendo saúde, previdência e assistência.

Este veredito do STF marca um importante precedente para a definição de políticas tributárias no país, afetando diretamente a maneira como as empresas de aluguel estruturam seus negócios e seu planejamento financeiro. Além disso, reitera a importância do PIS e da COFINS no contexto do financiamento das políticas sociais brasileiras.

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