Stone vive momento delicado e ações caem 40% no ano
O momento não está fácil para a Stone, segundo os dados do 2º trimestre de 2021. A maquininha verde perdeu dinheiro a partir da originação de crédito. Além disso, ele raquetou as provisões para cima, e mandou parar as novas concessões. Entretanto, não consegue prever quando a operação deve funcionar. O mercado já esperava um resultado fraco. Entretanto, os números ainda assim, surpreenderam.
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Stone vive momento delicado e ações caem 40% no ano
De acordo com o analista do BTG, Eduardo Rosman, houve um corte nas expectativas de lucro da Stone para 2021, para 2022, e para 2023, em 61%, em 29% e em 21%, respectivamente. Além disso, Rosman reduziu o seu preço-alvo de US$ 95 para US$ 75. Entretanto, manteve o ‘buy’ no papel.
Já em Nova York, a ação da Stone caiu 5% no after hours, após haver perdido 4% no pregão regular, e 40% no acumulado do ano. A Stone reportou um lucro de R$ 526 milhões no trimestre. Entretanto, esse número foi maquiado por um ganho de R$ 836 milhões decorrentes da marcação a mercado da posição de 5% que a Stone comprou no Banco Inter. Tirando isso, o prejuízo líquido chegou a R$ 150 milhões.
Em suma, o principal motivo para o resultado fraco foi o prejuízo de cerca de R$ 400 milhões na carteira de crédito. A raíz da questão é: a dificuldade da empresa em navegar um cenário em que as 3 centrais de recebíveis que deveriam conversar entre si não conversam. E isso, leva a problemas na execução de garantias, um provisionamento que já chega a 40% da carteira de crédito de R$ 2 bilhões.
De acordo com um analista que cobrar a empresa, “Se essa empresa tivesse dado zero de lucro ou um prejuízo de R$ 200 milhões, isso não faz diferença conceitual nenhuma: a grande questão é se o problema já foi corrigido, se toda a provisão já foi feita. E se este time da Stone tem capacidade de tocar um negócio de crédito no futuro”.
Segundo outro analista que cobre o papel, “A Stone está colocando a culpa na central, mas a verdade é que muitos investidores estão com dificuldade para entender se a culpa foi da central ou da Stone”. Por fim, diante de todos os problemas, a Stone parou de liberar novos empréstimos em julho. E assim levar as receitas de crédito a quase 0 no 3º trimestre.
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Imagem: Reprodução / Facebook Stone