Supermercado Extra deverá pagar indenização de R$ 12 MIL para cliente negra que teve a bolsa revistada
Após segurança constranger uma cliente, Supermercado Extra foi condenado ao pagamento de R$ 12 mil por indenização. Entenda!
Após polêmica envolvendo sua cliente, Supermercado Extra foi condenado ao pagamento de indenização de R$ 12 mil. Isso porque a consumidora negra passou por humilhação no estabelecimento, após um segurança abordá-la de maneira agressiva.
De acordo com a Justiça de São Paulo, a loja, que fica no bairro Santo Amaro, deve indenizar a cliente por danos morais. A cliente processou o estabelecimento após o acontecimento que, segundo a cliente, foi de grande constrangimento. Entenda mais sobre o caso a seguir!
Entenda sobre indenização de R$ 12 mil que o Supermercado Extra deverá pagar

A vítima de 56 anos conta que, em novembro do ano passado, se dirigiu a uma loja do Mini Extra para comprar pão com a sua fila. Porém, ao perceber que a fila do caixa estava muito grande, ela voltou o produto da prateleira e se dirigiu à saída da loja.
Veja também:
CEO do Itaú anuncia que banco poderá liberar mais dinheiro; veja se você pode receber mais
Porém, enquanto saía do Supermercado Extra, um segurança do local abordou a mulher abruptamente. De acordo com ela, enquanto gritava, pegou sua bolsa e perguntou “O que você tem aqui?”, insinuando que ela estava furtando algo. Após a ação, ela alega ter chamado a polícia, pois garante que foi vítima de racismo, já que não é a primeira vez que passa por uma situação parecida.
De acordo com o advogado do caso, Marco Aurélio Tadeu, “a autora está cansada de sofrer violência em razão da cor da pele, pois não foi a primeira vez que a julgam como se não tivesse dinheiro para adquirir produtos ou até mesmo exigir que apresentasse o comprovante de pagamento”, conta.
Posicionamento do estabelecimento
A rede de Supermercados Extra se defendeu na ação, garantindo que não se responsabiliza sobre o acontecido, uma vez que a abordagem aconteceu por um segurança terceirizado. Ainda deixou claro que o acontecimento é uma narrativa criada, que não corresponde aos fatos, para conseguir dinheiro do estabelecimento.
Porém, o juiz Théo Assuar Gragnano decidiu favoravelmente à vítima, uma vez que a abordagem foi feita sem nenhum fundamento. Por fim, ainda deixou claro que “a questão racial, em contexto de racismo estrutural”, pode ter sido a motivação da conduta.
Imagem: Joa Souza / Shutterstock.com