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Trabalhador usa camisa em homenagem a Ustra e é demitido por justa causa; entenda o caso

Trabalhador é demitido por justa causa após usar camisa em homenagem a Ustra. Saiba mais sobre as implicações dessa decisão!

Um trabalhador foi demitido por justa causa após usar uma camisa em homenagem a Ustra, ex-chefe do DOI-CODI durante a ditadura militar. O homem trabalhava em um hospital privado. Assim, a decisão recebeu a validação da Justiça do Trabalho de Minas Gerais.

Por sua vez, o episódio ocorreu em Belo Horizonte, na capital mineira. Saiba mais detalhes sobre demissão e os argumentos apresentados pela empresa na sequência.

Justiça valida demissão de trabalhador por justa causa ao usar camisa com imagem de Ustra

Trabalhador demitido por utilizar camiseta em homenagem ao coronel Ustra.
Imagem: Wilson Dias / Agência Brasil

Na 27º Vara do Trabalho de Belo Horizonte, o trabalhador conseguiu inicialmente reverter a justa causa. Em sua defesa, utilizou o argumento de que não tinha a intenção de fazer propaganda política por meio de sua vestimenta.

O hospital, por outro lado, não aceitou a decisão inicial e recorreu. Assim, utilizou como argumento a cláusula contratual que proíbe expressamente a propaganda política, religiosa, bem como o uso de uniformes de times de futebol no ambiente de trabalho.

Saiba mais sobre a decisão judicial

Adriana Goulart de Sena Orsini, desembargadora responsável pela revisão do caso, destacou que a análise levou à conclusão indiscutível de que a ação do trabalhador tinha potencial de afetar negativamente outras pessoas, além de ir contra os princípios da sociedade e do Estado Democrático de Direito.

Ademais, ela afirmou que o ato praticado pela parte reclamante tem o potencial de afetar outras pessoas e prejudicá-las. Todos os demais membros do Tribunal acompanharam sua posição de forma unânime.

Conheça o contexto histórico

A questão está diretamente ligada à figura do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra. Este tem o reconhecimento da justiça brasileira como torturador no período da ditadura militar, entre 1970 e 1974.

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Aliás, o coronel esteve à frente do DOI-Codi de São Paulo, tornando-se uma das figuras mais controversas e debatidas da história recente do país. O trabalhador, por sua vez, utilizava uma camiseta com os dizeres “Ustra vive!”

Imagem: Wilson Dias / Agência Brasil