Trabalhadores com renda de até R$ 1.412 podem ter futuro ameaçados com o FGTS, entenda!

O governo federal está analisando uma nova proposta de crédito consignado associado ao FGTS, visando oferecer empréstimos aos trabalhadores do setor privado sem necessidade de autorização das empresas. Essa iniciativa surge como alternativa ao saque-aniversário do FGTS, porém, especialistas têm levantado críticas.

Os trabalhadores de baixa renda têm questionado o novo projeto do governo devido à sua possível repercussão negativa, apesar de proporcionar acesso mais fácil ao crédito. A perspectiva de mais endividamento preocupa especialistas, que alertam para os potenciais impactos financeiros desfavoráveis, particularmente para aqueles já vulneráveis economicamente.

Alternativa pode beneficar ou comprometer renda dos trabalhadores?

Apresentada como uma compensação ao fim do saque-aniversário, a proposta sugere um novo tipo de crédito consignado privado. Atualmente, muitos trabalhadores do setor privado utilizam a opção de antecipação do saque-aniversário como crédito pessoal. Dessa forma, ao suprimir esta opção, o governo irá oferecer uma alternativa de crédito aos mesmos.

Essa novidade pode ser especialmente perigosa para os trabalhadores de baixa renda, ou seja, aqueles cujo rendimento mensal é até R$ 1.412. Esse grupo tem um limite de crédito disponível limitado. Por isso, estimular o consignado privado pelo FGTS parece ser uma boa forma de impulsionar o consumo, mas isso também pode provocar o aumento do endividamento.

Vantagens e desvantagens do consignado pelo FGTS

Os trabalhadores do setor privado podem usar a estrutura do consignado do FGTS para solicitar crédito, o qual será deduzido diretamente do saldo do FGTS. Eles também têm a opção de receber adiantamentos de seus saques anuais no saque-aniversário. Assim, os descontos são feitos diretamente dos saldos futuros do FGTS. O que se assemelha à antecipação do saque-aniversário.

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As principais características do novo modelo de crédito são:

• A análise do limite de crédito será baseada no saldo disponível na conta do FGTS do trabalhador;
• As parcelas serão descontadas diretamente do Fundo de Garantia;
• Até 10% do saldo disponível no FGTS pode ser comprometido, além de 100% da multa rescisória.
• As taxas de juros serão mais baixas em comparação com as de mercado.

Apesar das vantagens aparentes, alguns especialistas, como a professora de economia comportamental da ESPM, Paula Sauer, enfatizam que a possibilidade de empréstimo consignado com o FGTS desvirtua a finalidade original do fundo. Ademais, a estratégia pode encorajar o consumo, mas acarretaria também em um aumento do endividamento.