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Trabalhadores podem ter o salário cortado em 12,5%; entenda a situação

Eletrobras propõe corte de 12,5% nos salários. Descubra impactos e negociações em curso para trabalhadores e sindicatos.

Eletrobras, desde sua privatização em 2022 sob a gestão do então presidente Jair Bolsonaro, encontra-se em um processo de renegociação de contratos e adequação à realidade do mercado privado.

Em meio a esse cenário, tem despertado debates e controvérsias a proposta de redução do salário de 12,5% direcionada aos seus funcionários. A saber, um movimento que impacta diretamente cerca de 5.000 trabalhadores, conforme estimativas de representantes desses trabalhadores.

Qual o impacto da redução de salário na Eletrobras e seus funcionários?

Logo da Eletrobras em uma parede escura
Imagem: Salty View/shutterstock.com

A medida proposta pela Eletrobras visa ajustar a estrutura de custos da empresa. Ela já passou por Planos de Demissão Voluntária (PDVs), redução de quadros e diminuição das despesas com pessoal.

Segundo a companhia, essa readequação faz parte de sua estratégia de alinhamento às práticas do setor privado. Isso tendo em vista uma arquitetura salarial com valores condizentes com o mercado.

Como está a negociação entre Eletrobras e os sindicatos?

A negociação do novo acordo coletivo teve início no começo do mês e abrange todo o sistema da empresa. Isso inclui as concessionárias CGT Eletrosul, Chesf, Eletrobras, Eletronorte e Furnas. Entretanto, até o momento, não há perspectiva de acordo.

O Coletivo Nacional dos Eletricitários tem se mobilizado em assembleias para defender os interesses dos trabalhadores. Para isso, estão exigindo transparência nos dados que justificam o corte de salário e uma discussão aberta sobre o percentual da redução proposta.

Reações e contrapontos à proposta de corte de salário

Enquanto a Eletrobras argumenta que a adequação é necessária para equilibrar os custos em relação ao mercado, os representantes dos trabalhadores e sindicatos se posicionam firmemente contra a redução.

A saber, eles argumentam que os ajustes deveriam ser equilibrados de maneira a não prejudicar só uma das partes. Especialmente a mais vulnerável, que são os funcionários. Assim, a proposta de renegociação e o diálogo aberto são vistos como essenciais para alcançar uma solução que preserve os direitos e a integridade dos trabalhadores.

Possíveis repercussões e a busca por soluções dialogadas são componentes chave neste cenário, onde o resultado dessas negociações poderá definir novos rumos para a relação entre grandes corporações privatizadas e seus colaboradores no Brasil.

O futuro das negociações e o papel do governo

Em paralelo, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva busca meios para reverter ou ao menos mitigar os efeitos da privatização, recorrendo a medidas legislativas e negociações.

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Dessa forma, a questão principal permanece: encontrar um meio-termo que garanta a viabilidade da empresa sem comprometer a dignidade e a estabilidade financeira de seus funcionários.

Imagem: Salty View / shutterstock.com