Vale quer pagar R$ 100.000 para famílias brasileiras; veja quem teria direito ao pagamento
Vale que fazer acordos com várias famílias. Clique aqui e descubra o que a mineradora quer em troca e porque ela está fazendo isso.
A Vale, uma das maiores multinacionais de mineração do mundo, quer pagar R$ 100.000 para várias famílias brasileiras. De acordo com o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, quem quiser aceitar o dinheiro deverá atender às exigências da companhia.
Esse valor se refere a um acordo que a Vale quer fazer com as famílias das vítimas da tragédia em Brumadinho, Minas Gerais, que aconteceu em 2019. Contudo, Amado teve acesso a um documento que diz que para receber o dinheiro as famílias devem desistir de suas ações judiciais.
Além disso, a empresa também estabelece que, se assinar, a pessoa não poderá acionar a empresa no futuro, ou qualquer subsidiária por conta do rompimento da barragem. Outro ponto é que os familiares considerariam que a mineradora não teve culpa na tragédia.
Vale quer encerrar os processos
O rompimento da barragem do Córrego do Feijão em Brumadinho não foi apenas o maior acidente de trabalho da história, mas também uma tragédia social e ambiental. Por conta dos estragos e das mortes, a Vale é alvo de diversos processos na Justiça brasileira.
Nas ações, vítimas e familiares pedem que a Vale pague uma indenização pelos danos materiais e psicológicos que causou. Conforme a nota da empresa, esse acordo é uma forma de garantir a indenização e encerrar os processos que correm há anos na Justiça.
Acontece que as ações podem ter um valor muito maior do que os R$ 100.000. Por exemplo, um grupo de familiares abriu um processo na Alemanha contra a empresa que forneceu o alvará para a barragem que estourou, e os valores das indenizações começam em R$ 2 milhões por pessoa que perdeu a vida.
Brumadinho
No dia 25 de janeiro de 2019, a barragem do Córrego do Feijão em Brumadinho rompeu, despejando toneladas de rejeito de minério. A onda de lama varreu as instalações da Vale e tudo o que encontrou no caminho.
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Ao todo 270 pessoas morreram, entre elas funcionários da empresa, moradores da cidade e visitantes. Até hoje, 3 pessoas ainda estão desaparecidas.
Imagem: SERGIO V S RANGEL/ Shutterstock.com
