Venda da Nestlé no Brasil pode ser cancelada; confira mais detalhes
A venda da Nestlé pode ser cancelada, após recomendação feita pela Cade. Entenda quais foram as razões que levaram a isso!
A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) informou em um comunicado nesta terça-feira (25) que recomendou a impugnação da compra da DPA Brasil, controlada pela Nestlé e pela Fonterra.
A compra seria efetivada pela empresa francesa Lactalis. Nesse sentido, o tribunal do Cade irá avaliar a compra e decidir se ela de fato vai ocorrer. Saiba mais detalhes a seguir.
Por que a compra foi impugnada?
A Cade recomendou a contestação da compra da DPA pela Lactalis devido à possibilidade de um impacto negativo, em razão da baixa concorrência no setor de laticínios.
Essa preocupação se deu após estudos de mercados realizados em alguns estados brasileiros, como São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Pernambuco. Como anunciado no comunicado, a Cade observou que “estão relacionadas aos prováveis efeitos horizontais nos mercados de refrigerados lácteos, principalmente leite fermentado, petit suisse e sobremesas lácteas”.
A DPA detêm marcas como Chambinho, Molico e Chandelle, relacionadas a iogurtes, sobremesas lácteas, entre outras. Já a Lactalis possui 13 marcas, incluindo Batavo, Itambé, Parmalat e Poços de Caldas.
A junção dessas duas empresas acarretaria no “possível aumento de preços por ambos os concorrentes, em proveito conjunto e em prejuízo dos consumidores”, segundo a Cade. A compra foi anunciada no final do ano passado e os valores informados giram em torno de R$ 700 milhões.
Sobre a DPA
A DPA (Dairy Partners America) foi criada em 2003 e é controlada por grandes empresas do ramo alimentício, como Nestlé e Fonterra. No Brasil, o grupo possui duas fábricas, uma localizada em São Paulo e outra em Pernambuco.
A comercialização dos produtos da Nestlé começou em 1973, com a marca de iogurtes e sobremesas lácteas Chambourcy. De lá para cá, foram lançados produtos que estão no imaginário do brasileiro, como Chambinho, Chandelle, Chamyto, entre outros, até começar a operação da DPA no início dos anos 2000.
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