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Verdade ou mentira? Veja os principais mitos sobre o endividamento

O endividamento é um dos principais problemas dos consumidores no Brasil, mas ainda gera muitas dúvidas. Confira as principais!

De acordo com o Mapa da Inadimplência da Serasa, mais de 71,7 milhões de brasileiros tinham dívidas atrasadas em agosto deste ano. Esses dados apontam uma triste realidade: a alta taxa de endividamento dos consumidores. Dessa forma, é preciso ter um cuidado especial para evitar as dívidas e as suposições que se espalham sobre elas.

Nesse sentido, algumas fake news e mitos sobre o endividamento, especificamente em relação à causa e como acabar com as dívidas, podem ser bastante prejudiciais. Por isso, é importante conhecer esses boatos e evitar a sua propagação. A seguir, separamos os principais deles e analisamos se são ou não verdadeiros.

Mitos sobre endividamento podem prejudicar consumidores

Os mitos podem ser prejudiciais de várias maneiras. Eles podem levar os consumidores a tomarem decisões financeiras ruins e desinformadas, resultando no acúmulo de dívidas insustentáveis. Também podem ocasionar em problemas, como estresse financeiro e emocional.

Além disso, os consumidores podem ignorar oportunidades de investimento e crescimento financeiro por medo de qualquer forma de endividamento. Ademais, as inverdades sobre o tema também podem impedir as pessoas de buscar orientação financeira adequada, agravando ainda mais sua situação. Confira os principais mitos abaixo:

Mulher preocupada levando mão a cabeça enquanto observa dívidas na mesa
Imagem: Chaay_Tee/ Shutterstock.com

Não existe “caducamento” da dívida

O Código de Defesa do Consumidor (CDC) estabelece diversos prazos de prescrição para diferentes tipos de dívidas, variando de um a dez anos. Em geral, dívidas decorrentes de contratos têm um prazo de prescrição de três anos, enquanto aquelas resultantes de relações de consumo prescrevem em cinco anos. 

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Por isso, a legislação prevê situações em que esses prazos podem ser interrompidos ou suspensos, conforme estipulado por lei. Ela estabelece regras para proteger tanto os consumidores quanto as empresas.

Dívida que prescreve não pode mais ser cobrada

A prescrição de uma dívida não gera a sua anulação, mas sim a impossibilidade do credor buscá-la judicialmente. Por isso, após o término do prazo legal, a cobrança através do sistema judiciário não é viável, mas o devedor ainda pode ser acionado extrajudicialmente e dentro dos limites da legalidade, respeitando princípios como a boa-fé.

O CPF continua “sujo” mesmo depois da prescrição

Não, o CPF deve ficar “limpo”. Quando expira o prazo para a cobrança legal, agências de crédito, como SPC e Serasa, devem remover o nome do devedor de suas listas restritivas. Assim, a negativação após a prescrição da dívida é considerada ilegal, e pode resultar em indenização ao consumidor.

Após a prescrição, posso voltar a pedir crédito?

Mesmo após a remoção da negativação do CPF, a obtenção de um novo empréstimo pode ser difícil. Isso ocorre, pois as instituições financeiras mantêm registros internos de dívidas não liquidadas. Além disso, o débito permanece acessível para consulta no Banco Central, o que pode afetar a avaliação de risco de crédito do consumidor.

Imagem: AlvaroMP / shutterstock.com