Vilão do Bolsonaro: conheça o homem que descobriu esquema envolvendo o ex-presidente
Conheça o “Vilão de Bolsonaro”, engenheiro de software que levantou as primeiras suspeitas contra o ex-presidente. Clique e veja como foi!
Antes da Polícia Federal (PF), o vilão do Bolsonaro foi um engenheiro de software, que identificou a inclusão dos registros de vacinação do ex-presidente e a tentativa de apagar as informações. Através do twitter, ele divulgou as informações que levaram o braço direito de Jair para a cadeia.
Marcelo Oliveira é um engenheiro de software que trabalha com o desenvolvimento de jogos para smartphones. Se você já jogou Tênis Clash ou Sniper 3D, está familiarizado com o trabalho profissional de Marcelo.
Entretanto, durante a pandemia, ele integrou um grupo que analisava dados sobre a Covid-19 e compilava as informações para o público, primeiro para a área da Saúde, depois para a população em geral. Foi fazendo esse trabalho voluntário que ele acabou se tornando o vilão do Bolsonaro.
Vilão do Bolsonaro foi o primeiro a levantar suspeita sobre o cartão de vacina do ex-presidente
Tudo começou em janeiro deste ano, quando o site do Anonymous (grupo de hackers) divulgou as informações sobre o cartão de vacinas do então presidente da república, Jair Bolsonaro. Pensando em verificar as informações, Marcelo cruzou os dados com o Datasus (banco de dados do SUS).
Dessa forma, Marcelo Oliveira identificou alguns fatos interessantes:
- Tentativa de apagar os registros de vacinação do presidente antes da viagem para os Estados Unidos;
- As informações sobre a vacinação foram incluídas no dia 21 de dezembro, 1ª dose em 13/08 e 2ª dose em 14/10;
- A entrada no sistema aconteceu às 22h17, com dois minutos de diferença entre uma e outra;
- A vacinação teriam acontecido em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro;
- Tentativa de apagar as informações no dia 28/12/22.
Marcelo diz que a PF não o procurou
Na sua postagem no Twitter, o vilão do Bolsonaro levantou a suspeita sobre problemas com o cartão de vacinas do ex-presidente da república. Meses mais tarde, a PF usaria essa mesma abordagem para prender Mauro Cid, ajudante de ordens de Jair durante seu mandato.
Entretanto, Marcelo diz que a PF nunca o procurou para tratar do assunto. Na verdade, ele prefere que seja assim, já que a única coisa que ele fez foi divulgar informações. Para ele, o papel de investigar o ocorrido é da PF e não dele.
Imagem: Yuri Murakami / Shutterstock.com