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Afinal, as Lojas Americanas vão se recuperar da crise?

Há chances para as Lojas Americanas de se recuperar da crise? Saiba mais sobre o plano da empresa e a opinião de especialistas!

Uma grande varejista está passando por um momento turbulento desde a divulgação de uma fraude contábil que resultou em um pedido de recuperação judicial, no início do ano. Nesse contexto, é possível dizer que as Lojas Americanas vão se recuperar da crise?

Mesmo com a divulgação de um balanço financeiro, recentemente, não há a crença entre os especialistas de que a empresa se reerguerá dessa situação tão cedo. Saiba mais sobre esse conteúdo na sequência.

Conheça o plano das Lojas Americanas para se recuperar da crise

Fachada de uma unidade da Americanas
Imagem: Jair Ferreira Belafacce / shutterstock.com

Para tentar reverter a situação, está prevista a votação do Plano de Recuperação Judicial da varejista, em 19 de dezembro de 2023. A proposta é que os acionistas Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles aportem R$ 12 bilhões à empresa em curto prazo para se recuperar da crise.

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Adicionalmente, o plano sugere uma renegociação da dívida, o que inclui um perdão de R$ 5 bilhões. Apesar disso, a dúvida sobre a aceitação do desconto na dívida pelos bancos credores permanece.

O que dizem os especialistas?

De acordo com José Eduardo Daronco, analista da Suno Research, ouvido pelo UOL, a agressividade do corte solicitado na dívida é muito grande, assim como o aporte.

Além disso, a retomada da confiança do consumidor na Americanas, apesar de necessária, é um grande desafio. Por exemplo, um cliente já não muito propenso a fazer compras pode escolher outra loja em detrimento das Lojas Americanas, caso precise adquirir um produto.

Ademais, outro elemento que contribui para a incerteza é o fato de a empresa BDO, contratada para auditar as contas das Lojas Americanas, não ter dado aval para o último balanço.

Segundo Gabriel Meira, economista e sócio da Valor Investimentos, isso torna a recuperação da empresa mais difícil. Por fim, a publicação desses dados sofreu 4 adiamentos, o que aumenta ainda mais o ceticismo entre os economistas.

Imagem: Jair Ferreira Belafacce / shutterstock.com