Seu Crédito Digital
O Seu Crédito Digital é um portal de conteúdo em finanças, com atualizações sobre crédito, cartões de crédito, bancos e fintechs.

Alta de juros no Brasil e nos EUA: Como isso afeta o bolso dos brasileiros?

O aumento nas taxas de juros pode prejudicar ainda mais o crescimento da economia no Brasil, onde as projeções de expansão do PIB estão abaixo de 1% em 2022

Tempo estimado de leitura: 3 minutos

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou a taxa básica de juros de 11,75% para 12,75% no dia 4 de maio, como previsto pelos analistas de mercado. Essa é a décima alta consecutiva desde março de 2021, quando os juros da Selic estavam no nível mais baixo da história, apenas 2%.

Com os juros mais altos desde fevereiro de 2017, o Brasil fica no topo do ranking global de juros reais. 

Antes do BC tomar a decisão de subir os juros, o Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, iniciou uma fase ainda mais rigorosa do seu processo de aperto monetário. Elevou em 0,50 ponto percentual as taxas de juros, a um intervalo entre 0,75% e 1%, na primeira quarta-feira de maio, tornando esse o maior aumento nas taxas desde 2000. 

O Fed visa combater a inflação nos Estados Unidos, mas a repercussão é mundial, inclusive no Brasil.

E o bolso dos brasileiros com isso? 

O resultado do aumento nas taxas de juros pode prejudicar ainda mais o crescimento da economia no Brasil, onde as projeções de expansão do Produto Interno Bruto estão abaixo de 1% em 2022.

Com o dólar acima de R$ 5, encontram-se menos investidores na Bolsa de Valores brasileira, dificultando a valorização das ações no mercado, assim como a oferta de novos papéis pelas empresas. Muitas empresas tiveram que adiar a estreia na Bolsa, por terem adiado projetos que seriam financiados por recursos levantados em ofertas públicas iniciais. 

Menor geração de empregos

Algumas empresas estão procurando outras alternativas de financiamento, já que está difícil captar recursos estrangeiros. Os juros mais altos complicam para aquelas que precisam de crédito, para investirem em expansão ou novos estabelecimentos e fábricas.

Aumento de preços

Bancos que oferecem empréstimo pessoal de curto e longo prazos tendem a aumentar suas taxas, para acompanhar a Selic. Pedir dinheiro emprestado no crédito consignado, financiar um carro ou imóvel custará muito mais caro.  

Tudo isso faz com que menos dinheiro passe a circular, as pessoas consumam menos e as vendas diminuam. Para as empresas, é um fator que desanima a fazer novas contratações e investimentos para melhorias.   

Enfim, quer ficar por dentro de tudo o que acontece no mundo das finanças?

Então nos siga no canal do YouTube e em nossas redes sociais, como o Facebook, Twitter, Twitch e Instagram. Assim, você vai acompanhar tudo sobre bancos digitais, cartões de crédito, empréstimos, fintechs e matérias relacionadas ao mundo das finanças.

Imagem: Jo Galvao / Shutterstock.com