Auxílio Diesel? Bolsonaro promete ajuda para caminhoneiros
Pressionado pela possível greve de caminhoneiros, marcada para iniciar dia 01 de novembro, o governo federal anunciou em Pernambuco o Auxílio Diesel, buscando minimizar os efeitos da alta de preços do combustível.
O presidente Jair Bolsonaro, comunicou que 750 mil caminhoneiros serão beneficiados e justificou dizendo: “Fazemos isso porque é através deles que os alimentos chegam nos quatro cantos do país”.
O projeto busca reforçar o comprometimento do presidente com os caminhoneiros que têm participação ativa e imprescindível em sua base de aliados. Bolsonaro ainda reforçou que “Os caminhoneiros receberão uma ajuda para compensar o aumento do diesel. São momentos difíceis, mas não deixaremos ninguém para trás”.
O governo calcula que o Auxílio Diesel custará R$3,6 bi aos cofres públicos em 2022, e será viabilizado pela PEC que propõe mudanças no teto de gastos. O benefício começará a ser pago ainda este ano.
Em live transmitida nesta quinta (21), o chefe do executivo confirmou que o Auxílio Diesel será no valor de R$400,00 e será pago exclusivamente aos caminhoneiros autônomos, e completou dizendo “Deve ter outro aumento de combustível? Deve ter outro aumento de combustível. Não precisa ser mágico para descobrir isso aí. É só ver o preço do petróleo lá fora quanto tá o dólar aqui dentro. Então, começa a aumentar. Nós ainda dependemos de importação de diesel, em especial, em torno de 25%, e de gasolina também. Então, se não reajustar, falta. Então, a inflação é horrível? É péssima. Mas pior é o desabastecimento”.
No entanto, contrariando as expectativas presidenciáveis, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), disse em nota que os “caminhoneiros não querem esmola, querem dignidade”. A greve segue prevista para iniciar em novembro alegando que a categoria “foi traída”.
O mercado de ações reagiu negativamente ao pronunciamento do novo auxílio. O Ibovespa caiu 4,12%, aos 106.221 pontos, às 15h17 da tarde de ontem (21), batendo o mínimo em oito meses, em contrapartida, o dólar sobe 2,58%, fechando em R$ 5.69.
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Imagem: Ronni Olsson/shutterstock.com
