Auxílio Diesel desagrada e caminhoneiros iniciam greve
O Auxílio Diesel, proposto pelo governo federal, não agradou a classe, e caminhoneiros de combustíveis de 6 estados, em especial da região Sudeste, iniciaram paralisação na noite desta quinta-feira (21), e a população já começa a sentir as consequências.
Postos de combustíveis em Minas Gerais e Rio de Janeiro enfrentam desabastecimento. Em Belo Horizonte foram formadas filas enormes de carros em busca de combustível.
Irani Gomes, presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustível e Derivados de Petróleo de Minas Gerais (SindiTanque-MG), apoiou a greve dizendo: “Não aguentamos mais as altas do combustível. O óleo diesel está representando quase 70% do valor do frete. As transportadoras estão quebrando”.
Os caminhoneiros têm cobrado fortemente a baixa no ICMS e alteração nos preços praticados pela Petrobrás. Ailton Gomes, presidente da Associação das Transportadoras de Combustíveis e Derivados do Petróleo do Rio de Janeiro (Associtanque), justificou a iniciativa afirmando que “Essa paralisação vai ser o estopim dos protestos contra os reajustes dos preços dos combustíveis. Ninguém suporta mais”.
“As empresas estão acumulando prejuízos e falindo, e os preços dos alimentos continuam aumentando por causa do encarecimento do transporte”, completou Gomes.
Tentando evitar a greve, o presidente Jair Bolsonaro, anunciou em live na noite de quinta-feira (21), que estaria liberando o Auxílio Diesel para caminhoneiros autônomos, durante a transmissão o chefe do executivo afirmou que “Os caminhoneiros receberão uma ajuda para compensar o aumento do diesel. São momentos difíceis, mas não deixaremos ninguém para trás”.
O projeto que garante R$400 para 750 mil caminhoneiros não agradou a categoria que se sente traída pelo governo federal. Em nota, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), lamentou dizendo que os “caminhoneiros não querem esmola, querem dignidade”.
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Imagem: Kleber Cordeiro / Shutterstock.com
