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Bancários da Caixa Econômica Federal ameaçam entrar em greve

Os bancários da Caixa Econômica Federal trabalharam neste sábado (22), em mais um final de semana de atendimento aos beneficiários do auxílio emergencial de R$ 600 e também do FGTS Emergencial. Foram abertas mais de 770 agências de todo o país. Entretanto, na semana que vem pode ser deflagrada uma greve por tempo indeterminado dos bancários. O objetivo é a manutenção dos direitos dos empregados, especialmente o plano de saúde, que tem ficado cada vez mais inviável o seu custeio.

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Bancários da Caixa Econômica Federal ameaçam entrar em greve

A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) lembra que, desde o primeiro mês da pandemia do novo coronavírus e do início do pagamento do auxílio emergencial a milhões de brasileiros, os bancários da Caixa Econômica Federal estão na linha de frente do pagamento de todos os outros benefícios sociais operacionalizados pela Caixa. Ou seja, é uma assistência que chega a 100 milhões de pessoas, metade da população brasileira.

“Mesmo com todo o empenho dos bancários para garantir a prestação de serviços essenciais à população — colocando em risco a saúde e a vida deles e de seus familiares — o governo federal quer acabar com direitos históricos conquistados pelos trabalhadores”, alerta o presidente da Fenae, Sérgio Takemoto, ao destacar que, na próxima semana, os empregados do banco podem deliberar por uma greve por tempo indeterminado.

“A responsabilidade da possível greve dos bancários da Caixa e das demais instituições financeiras é do governo Bolsonaro e dos bancos, que estão alinhados para rebaixar e retirar direitos dos trabalhadores”, aponta Takemoto.

A campanha salarial da categoria começou em agosto para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Takemoto observa que as propostas dos representantes da Caixa e de outros bancos representam diferentes perdas aos trabalhadores.

“Nunca iniciamos uma campanha salarial com uma proposta tão rebaixada. Não vamos aceitar nenhum direito a menos”, afirma o presidente da Fenae.

Assistência à saúde

De acordo com Sérgio Takemoto, uma das principais perdas aos bancários da Caixa é a questão do plano de saúde dos empregados. A instituição propõe alterações no modelo de custeio do Saúde Caixa. As medidas vão encarecer o custo para todos os usuários.

“Em um momento de pandemia e com os empregados da Caixa na linha de frente do atendimento e expostos aos riscos de contágio, o banco quer restringir o acesso a esse direito básico sob a falsa alegação de que a intenção é manter a sustentabilidade do plano de saúde”, ressalta o presidente da Fenae.

Primeiramente, entre os itens da proposta financeira, que contemplam “reajuste zero”, os bancos também pretendem:

  • Reduzir a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) em quase metade (até 48%);
  • Retirar a 13ª cesta alimentação;
  • Diminuir a gratificação de função (de 55% para 50%);
  • Até alterar direitos dos bancários que sofreram acidente de trabalho.

“É completamente inaceitável essa proposta”, critica a presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

“Quase 70% das categorias trabalhistas fecharam, este ano, acordos que tiveram aumento real ou reposição da inflação. No nosso caso, estamos falando do setor que mais lucra no país: os bancos”, é o que acrescenta Moreira.

Possibilidade de greve

Enfim, os bancários rejeitaram a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e nova negociação está marcada para este sábado (22), às 11h.

“A possibilidade de uma greve da categoria não está descartada, caso os bancos insistam na retirada de direitos”, diz o presidente da Fenae. Assembleias dos bancários estão agendadas para a próxima terça-feira (25).

“Nossa expectativa é receber uma boa proposta, não como nos últimos dias. Os bancários não vão fechar acordo com retirada de direitos”, garante a presidente da Contraf.

Lucro dos bancos

Em 2019, o lucro dos cinco maiores bancos do país chegou a R$ 108 bilhões. Ou seja, atingindo uma alta de 30,3% em doze meses. Dessa forma, mesmo em plena crise econômica, os bancos seguem lucrando. Neste primeiro semestre, o lucro dos quatro maiores bancos –  Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil, chegou a R$ 28,5 bilhões.

A Caixa Econômica  Federal ainda não divulgou o balanço do primeiro semestre de 2020. Entretanto, no ano passado, o lucro do banco foi de R$ 21,057 bilhões. Enfim, representando aumento em relação a 2018 (103,4%).

“É essa empresa rentável, que tem importante papel para a economia e o desenvolvimento do país, que Pedro Guimarães [presidente da Caixa], Paulo Guedes [ministro da Economia] e o presidente Bolsonaro querem privatizar a todo custo”, adverte o presidente da Fenae.

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Fonte: Estado de Minas

Imagem destacada: Nelson Antoine / Shutterstock.com