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Banco Central confirma que a meta de inflação será ultrapassada em 2022

O IPCA atingirá 8,8% e ultrapassará o teto da meta em 2022. Confira os demais resultados do Relatório da Inflação.

Tempo estimado de leitura: 4 minutos

O Relatório de Inflação, publicado recentemente, apontou que o teto da inflação vai ser ultrapassado em 2022 pelo segundo ano consecutivo. De acordo com o Banco Central, a chance do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) superar a meta atingiu 100%. 

A meta inflacionária é determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para este ano, a expectativa era de 3,5%, com margem de erro de 1,5%. Ou seja, a inflação poderia ficar entre 2% e 5%. No entanto, o relatório estima que o IPCA deve atingir 8,8%. 

Para o próximo ano, o CMN projeta uma inflação de 3,5%. O BC espera que o IPCA atinja 4% e 2,7% em 2024. 

Em casos em que a meta da inflação é ultrapassada, o Banco Central é obrigado a redigir uma carta com os motivos. A última vez que isso aconteceu foi no início deste ano, quando o IPCA atingiu 10,06%, o maior percentual desde 2015. Na carta, Roberto Campos Neto, presidente do BC, usou como justificativas a falta de insumos com a pandemia de Covid-19, a alta das commodities e a crise hídrica. 

Relatório de Inflação 

Conforme as informações publicadas, o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer 1,7% neste ano. A projeção do superávit da balança comercial passou de US$ 83 bilhões para US$ 86 bilhões. O crédito bancário deve aumentar 11,9%, ante a previsão anterior de 8,9%. Enquanto a estimativa de superávit das contas externas apresentou queda de US$ 1 bilhão. 

A divulgação do relatório sofreu atraso devido à greve dos servidores do Banco Central. 

Cálculo do IPCA 

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) é calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Seu intuito é apresentar variações de preços de diversos itens e serviços mensalmente. 

São analisados mais de 300 produtos, de acordo com a POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares), que registra o que as famílias consomem. Os itens examinados são divididos em nove grupos: habitação, alimentos e bebidas, vestuário, transporte, artigos de residência, saúde, despesas, comunicação e educação. 

Para o levantamento, o IPCA faz a verificação de preços em 10 regiões metropolitanas do país. A definição do índice geral é feita a partir de uma média ponderada dos preços, que considera as variações mensais. 

Taxa Selic

A Selic é a taxa básica de juros, usada como base em empréstimos pelos bancos. É uma referência para o custo de crédito no Brasil. O Banco Central é encarregado pela definição da taxa, que ocorre 8 vezes ao ano, a partir da análise da economia do país, com foco na inflação. 

Quando a taxa Selic aumenta, fica mais caro emprestar dinheiro, consequentemente a população passa a gastar menos e a inflação tende a diminuir. Por esse motivo, a Selic é uma das ferramentas utilizadas para tentar frear a taxa inflacionária. 

Por fim, segundo o Banco Central, é provável que a taxa básica de juros se mantenha em patamar elevado por mais tempo que o previsto. 

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Imagem: Lightspring / shutterstock.com