IPCA: como a inflação afeta o financiamento imobiliário 

Em 2019, a Caixa Econômica Federal introduziu uma nova linha de financiamento no cenário brasileiro. Com essa nova linha, o Banco abaixou ainda mais os juros de financiamento, atraindo diversos novos credores.  

IPCA: como a inflação afeta o financiamento imobiliário 

Em suma, essa nova linha consistia em uma taxa fixa + IPCA, que na época estavam em patamares baixos. Com isso, a antiga linha (baseada em taxa fixa + TR) se tornou menos atrativa à primeira vista, pois era consideravelmente mais cara. 

Contudo, se à época as expectativas para a inflação já estavam em crescimento, a realidade mostrou um aumento ainda maior do que o esperado. Com a pandemia do novo coronavírus, praticamente toda a economia parou do dia pra noite e, após seu retorno, os níveis de inflação dispararam. Além desse fator, podemos destacar a própria política monetária nacional, que se fundamentou, por algum tempo, na desvalorização da moeda como forma de proteger a economia.  

Enfim, o que importa é que aquele financiamento acordado em 2019, com a nova linha de juros, ficou bem mais caro do que o convencional. Para fins explicativos, ao fim do primeiro mês de 2019, o IPCA acumulado em 12 meses foi de 3,57%. Já um ano depois, o número chegava aos 4% e, em setembro de 2021, foi de 10%. 

Além disso, os progressivos aumentos na taxa base da economia elevaram os custos de financiamento em geral, afetando dessa forma não só as novas linhas, mas também as antigas. Dito isso, vale a pena pesquisar mais a fundo como são calculadas as reais taxas de juros ao entrar em um financiamento. Ademais, vale lembrar que taxas fixas não são estáticas, ou seja, elas também são corrigidas e alteradas ao longo do tempo. 

Imagem: 89stocker / Shutterstock.com