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Bitcoin não para de cair: esse é o motivo

O Bitcoin tem apresentado queda significativa nos últimos meses diante de um cenário econômico adverso. Entenda melhor

Tempo estimado de leitura: 4 minutos

O mercado de criptoativos, nos últimos meses, tem demonstrado forte queda diante da recessão econômica global. Com a crise, os investidores passaram a migrar seus investimentos para setores de maior segurança. A maior criptomoeda, o Bitcoin, tem encontrado dificuldade para ir além da cotação de US$ 20 mil. 

É importante lembrar que a principal criptomoeda já atingiu a casa dos US$ 69 mil em sua máxima histórica no final do ano passado. 

A Terra (Luna), recentemente, entrou em colapso. E, a Ethereum, segunda cripto mais popular, apenas atrás do Bitcoin, está com seu valor na casa dos US$ 1 mil. O total de perdas deste mercado chega a quase US$ 300 milhões quando considerado os últimos meses. 

Afinal, o que está acontecendo com o mercado? 

Os Estados Unidos anunciaram o risco de uma recessão global em meio ao cenário econômico internacional da alta dos juros, guerra na Ucrânia e Covid-19 na China. A inflação norte-americana atingiu o seu maior nível em mais de 40 anos. E, o anúncio do CPI, o índice de preços do consumidor, ficou acima da média esperada. 

Em meio a essa realidade de incertezas, os investidores buscam por meios mais seguros para realizar suas aplicações, como os ativos de renda fixa. Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA têm apresentado maior estabilidade, então, os investidores de criptos migram seus ativos. 

Histórico do Bitcoin 

A criptomoeda mais popular, o Bitcoin, surgiu em 2008. Desde então, têm apresentado intensas oscilações. Veja o histórico de preços da cripto. 

Ano PreçoValorização
2009US$ 0,00%
2010US$ 0,3200%
2011US$ 4,71466,67%
2012US$ 13,50154,72%
2013US$ 8055.952,63%
2014US$ 318-61,02%
2015US$ 43036,55%
2016US$ 963,40121,98%
2017US$ 13.850,401291,44%
2018US$ 3.709,40-72,33%
2019US$ 7.196,4088,91%
2020US$ 28.949302,13%
2021US$ 65.979124,73%
Fonte: InfoMoney

A crise da Terra (Luna) e o impacto sobre o Bitcoin

A Terra (UST) não possui reserva de moeda, ou seja, é uma stablecoin algorítmica não colateralizada. Sua estabilidade é garantida de acordo com um algoritmo que aumenta ou diminui o número de criptoativos para estabilizar preços, conforme as demandas do mercado.

Assim sendo, quando aumenta a demanda da Terra, um token Luna é destruído a fim de garantir a estabilidade de cotação. 

Em maio deste ano, houve uma intensa venda de Terra, o que forçou a Luna a vender suas reservas de Bitcoin na tentativa de recuperar a paridade da UST com o dólar. Tal mecanismo não obteve sucesso, o que levou a pulverização da UST e Luna. 

Essa movimentação acendeu um alerta sobre a fragilidade do universo dos criptoativos, impactando diretamente o Bitcoin. 

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Imagem: nuttapon averuttaman / Shutterstock.com