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Brasil apresentou 1,4 milhão de novos trabalhadores informais desde 2020

O número de trabalhadores informais cresceu significativamente e atingiu o maior patamar desde 2015

Tempo estimado de leitura: 4 minutos

De acordo com dados divulgados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), o Brasil ganhou 1,42 milhão de trabalhadores informais entre o começo da pandemia e o primeiro trimestre de 2022. De janeiro a março, o total de informais atingiu a marca de 38,203 milhões, o maior patamar desde 2015. 

O mercado de trabalho conseguiu retornar ao nível pré-pandemia antes do que se esperava, mas a qualidade dos empregos é motivo de preocupação entre os especialistas da área. 

Para a definição do trabalho informal, são considerados trabalhadores do setor privado sem carteira assinada, autônomos e empregadores sem CNPJ. 

Trabalho informal nas regiões do país 

Outra informação que chama a atenção, é a desigualdade regional quando se trata desses empregos informais. 

No período analisado, a taxa de informalidade é mais alarmante nas regiões Norte (56,61%) e Nordeste (53,62%) do país, onde mais da metade dos empregos é informal. A região Sudeste apresentou um aumento de 527 mil trabalhadores informais. No entanto, o Nordeste e o Sudeste concentram a maior parcela de trabalhadores do país. 

Segundo economistas, quando a economia do Brasil estimulava o aumento real do salário mínimo e as políticas de crédito, as regiões Norte e Nordeste mostravam taxas de crescimento acima da média nacional. Com a piora do cenário econômico, essas duas regiões foram fortemente impactadas uma vez que a maioria de suas cidades dependem do setor público. 

A taxa de informalidade passou a crescer muito a partir de 2019, devido a grande dificuldade em gerar empregos formais e de qualidade. 

Economia e impacto da pandemia

Além disso, os informais foram os mais afetados durante a pandemia de Covid-19 com as medidas de distanciamento e o impedimento de atividades que envolvessem aglomerações. Assim sendo, com a melhora da crise sanitária, o mercado consegue voltar ao período de pré-pandemia, mas isso se deve ao retorno dos trabalhadores da informalidade. 

As altas taxas de informalidade são justificadas também pelo crescimento da porcentagem de pessoas com 14 anos ou mais que estão empregadas ou em busca de emprego. 

Os pesquisadores apontam que se o Brasil não conseguir alcançar uma melhora significativa na economia, será muito difícil transformar esse quadro de informalidade. A baixa qualidade do trabalho é vinculada diretamente com o aumento dos empregos informais. 

Desemprego nas regiões 

Após a crise de 2015 e 2016, muitos ainda tentam retornar ao mercado de trabalho e os dados das regiões também apontam uma diferença nesse sentido. A desocupação de longa duração, a partir de 2 anos, cresceu 23,1% no Nordeste e 12,8% no Norte. A taxa caiu apenas no Centro-Oeste (-14,8%). No país, o aumento foi de 11,3%. 

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Imagem: Erich Sacco / Shutterstock.com