Brasil entra em recessão técnica; o que isso significa?
O Brasil teve dois trimestres seguidos de queda no Produto Interno Bruto (PIB). Em suma, ele diminuiu 0,4% de abril a junho, de acordo com dados revisados, e 0,1% de julho a setembro. Na linguagem da economia, esse fenômeno, de dois trimestres seguidos de queda no PIB, se chama recessão técnica. Abaixo, confira o que de fato significa esse termo.
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Brasil entra em recessão técnica, o que isso significa?
Na prática, a recessão técnica é um sinal de alerta, uma indicação de que algo não vai bem. Contudo, a recessão técnica se difere da recessão de fato, quando a situação do Brasil se deteriora significativamente – com a alta do desemprego, e dos índices de falência, queda do consumo e da produção. Isso acontece no cenário atual: apesar das duas quedas trimestrais no PIB, o Brasil fechará o ano com o crescimento próximo a 5% – ou seja, sem recessão de fato.
Em suma, os economistas afirmam que a recessão real ou “profunda” independe de ter dois trimestres negativos. Quando a maioria dos indicadores econômicos – mercado de trabalho, atividade da indústria ou vendas no comércio, por exemplo – mostram quedas consistentes, é possível concluir que a economia está em um quadro recessivo, antes mesmo da divulgação do PIB pelo IBGE.
Ou seja, os dados de 2 trimestres do PIB não são o determinante para uma recessão real, e sim, é o “conjunto da obra” que determina se um país está ou não nessa situação. Ademais, uma recessão tem um caráter de uma crise mais duradoura e estrutural.
Por fim, o Brasil não está em recessão. Apesar dos dois trimestres seguidos de queda do PIB, os economistas não consideram que o Brasil vive em uma recessão real, ainda. Atualmente, o país vive uma crise, com desemprego alto, inflação acelerada e dólar caro. No entanto, muitos indicadores ainda trazem dados considerados positivos: vendas do varejo e serviços, por exemplo, tiveram mais meses de crescimento do que de contração ao longo do ano.
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Imagem: Andrzej Rostek / Shutterstock.com