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Caminhoneiros podem entrar em greve novamente e prometem parar o Brasil

Em 2018, o Brasil passou pela maior paralisação de caminhoneiros de sua história. Com duração de dez dias, as manifestações foram motivadas pelo aumento do preço do óleo diesel.

Contudo, na semana passada, o preço médio do diesel bateu recorde e chegou ao seu maior valor em 18 anos, R$ 6,94 o litro nos postos de combustíveis, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

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A alta do combustível, em 2018, estava relacionada ao aumento do dólar e do petróleo no mercado internacional. Já em 2022, o cenário econômico é ainda pior devido a pandemia da Covid-19 e os conflitos na Ucrânia.

Em vídeo no Facebook, Chorão Caminhoneiro, presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), alertou o Presidente Jair Bolsonaro sobre as dificuldades financeiras que os caminhoneiros estão enfrentando e de uma possível greve nos próximos meses.

“Presidente [Jair Bolsonaro], nós estamos preocupados com a nossa categoria, com a classe econômica do país, mas desse jeito não dá. Ou o senhor chama a responsabilidade, chama o conselho administrativo da Petrobras, chama o Ministério da Economia, quem o senhor quiser. Porque senão esse país vai parar novamente. A categoria já está parando por não ter condições de rodar. A classe pobre não tem condições de comer, chame a responsabilidade senão esse país vai estar parado e a responsabilidade é sua”, afirmou Chorão Caminhoneiro.

Paralisação dos caminhoneiros em 2018

A maior paralisação de caminhoneiros que já aconteceu no Brasil, até agora, foi em 22 de maio de 2018, quando a Petrobras reajustou o preço da gasolina em 0,9% e do diesel em 0,97% nas refinarias. O preço médio do litro da gasolina passou a R$ 2,06 e do diesel, R$ 2,37.

Com a paralisação, pelo menos 20 estados e o Distrito Federal foram impactados. As refinarias e o Porto de Santos (SP) ficaram paralisados.

Somente após o anúncio da redução de R$ 0,46 no litro do diesel e a isenção da cobrança de pedágio de caminhões vazios em rodovias federais, estaduais e municipais, além de ter sido estabelecida uma tabela mínima para os valores dos fretes, as coisas começaram a voltar ao normal.

Aumento do preço do diesel

Em um ano, o diesel subiu 52,53%, sendo que apenas no mês de maio, a Petrobras reajustou em 8,87% o preço do combustível nas refinarias, o que fez com que o preço médio do diesel passasse de R$ 4,51 para R$ 4,91 o litro nas distribuidoras.

A situação se agrava mais com as sucessivas trocas no comando da Petrobras, o último a deixar a presidência da estatal foi José Mauro Coelho, que ficou no cargo por 40 dias. O presidente Jair Bolsonaro (PL) por diversas vezes tem insinuado que a direção da Petrobras atua para prejudicar o governo.

Ao anunciar o novo presidente da Petrobras, o Ministério das Minas e Energia afirmou em nota que o Brasil passa por “um momento desafiador, decorrente dos efeitos da extrema volatilidade dos hidrocarbonetos nos mercados internacionais”.

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Imagem: Kleber Cordeiro / Shutterstock.com