Banco Central: servidores decidem manter a greve
Em assembleia realizada na última terça-feira (17), os servidores do Banco Central decidiram manter a greve por tempo indeterminado.
A greve teve início no dia 1º de abril com suspensão entre os dias 20 de abril e 2 de maio. O reajuste salarial e a reestruturação de carreira são reivindicados através da paralisação, que é coordenada pelo Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal).
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Nota do sindicato
Por meio de nota divulgada na quarta-feira (18), o Sinal afirmou que “o percentual solicitado (27%) busca apenas resgatar a inflação do período, uma vez que a defasagem a ser registrada desde janeiro de 2019 até dezembro de 2022 supera este índice”.
De acordo com o sindicato, o reajuste exigido “não representaria grande impacto no Orçamento da União, haja vista o quadro do BC ser reduzido é altamente produtivo”.
“Só para se ter uma ideia, nos últimos 3 anos, mesmo com a ocorrência da pandemia da Covid-19 e o consequente trabalho remoto, o corpo funcional do BC entregou para a sociedade serviços de elevada importância, como o Pix, o Sistema de Valores a Receber (SVR) e o Open Banking”, destaca a nota.
A nota ainda afirma que apesar dos serviços prestados a sociedade de alto valor, o salário dos servidores estão aquém da sua importância.
“Apesar dessas entregas, de alto valor para a economia e para a sociedade e de reconhecidas qualidades técnicas, os patamares salariais dos servidores do Banco Central do Brasil estão abaixo daqueles auferidos por carreiras de igual importância para o Estado e por atividades em setores congêneres da iniciativa privada, considerando a formação acadêmica e atribuições inerentes ao cargo”, afirma o comunicado.
Reajuste salarial
Após o presidente Jair Bolsonaro prometer conceder aumento salarial aos policiais, as mobilizações ganharam força. E, com a pressão das categorias, o governo federal voltou atrás e anunciou um reajuste de 5% a todos os servidores ligados à União.
Entretanto, o anúncio do reajuste pelo governo não agradou, pois a categoria o considerou insuficiente. Sendo que os funcionários do Banco Central reivindicam recomposição salarial de 27%, além de reestruturação de carreira, incluindo a exigência de nível superior para concursos que preenchem cargos técnicos.
Serviços Prejudicados
A greve tem prejudicado a divulgação de vários relatórios e indicadores econômicos do órgão, como o Boletim Focus e o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que estavam previstos para esta segunda-feira.
Além disso, pode haver a interrupção parcial do funcionamento do Pix e da distribuição de moedas e cédulas para as instituições financeiras do país.
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Imagem: rafastockbr / Shutterstock.com