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Clonagem do cartão de crédito Pag! tem fraudes de até R$ 10 mil

Nos últimos anos, cartões de crédito digitais sem anuidade se popularizaram entre os brasileiros. Especialmente depois da entrada do Nubank, e de outras Fintechs no mercado, como Neon, Banco Inter, Digio, entre outras. Com isso, os bancos tradicionais também passaram a oferecer também. Uma alternativa que é concorrente direto do Nubank, é a Fintech Pag!, que possui uma grande quantidade de usuários. A empresa está ligada ao Grupo Avista, que possui mais de 20 anos de experiência no mercado. Contudo, algo no mínimo preocupante para quem confia em deixar o seu dinheiro ser controlado por um aplicativo aconteceu. Um golpe tem sido relatado por inúmeros clientes da Fintech, que envolve a clonagem do cartão de crédito, com o pagamento de títulos ou boletos de valores às vezes até maiores do que os limites concedidos.

Clonagem do cartão de crédito Pag! tem fraudes de até R$ 10 mil

De acordo com o site Gizmodo, que entrou em contato com algumas vítimas do caso, acontece da seguinte forma:

  • Primeiramente, o golpista “sequestra” o número do celular da vítima e o ativa em outro chip;
  • Logo em seguida, ele recupera a senha do aplicativo e a recebe via SMS;
  • Ao controlar o aplicativo da Fintech, pagamentos ilícitos eram realizados;
  • Por fim, a linha é devolvida ao chip original e somente depois disso a vítima ficava sabendo do pagamento indevido.

Como a empresa não atende por telefone, as vítimas reclamam que são ignoradas no chat do aplicativo ao relatar o ocorrido. Além disso, em algumas vezes, a resposta costuma vir mais de 24 horas depois do ocorrido.

No site Reclame Aqui, existem inúmeras reclamações que envolvem essa fraude com a clonagem do cartão de crédito Pag!. Somente no dia 1º de outubro ocorreram 12 reclamações relacionadas com o golpe.

De acordo com as vítimas que relataram ao Gizmodo Brasil, a empresa questiona ao usuário se ficou sem linha dias antes do pagamento indevido. Além disso, solicita um laudo da operadora que comprove que o número foi resgatado em um chip em branco.

Contudo, os termos da Pag! afirmam que existem mecanismos para evitar as fraudes.

2.2. […] Para sua segurança, o pag! reserva-se no direito de bloquear o Cartão pag! caso sejam verificadas operações atípicas, conforme processo de monitoramento de prevenção de fraudes e outras atividades ilícitas.

14.4. Igualmente para sua segurança, o pag! poderá atuar preventivamente, bloqueando o seu Cartão pag! quando verificar operações fora do seu padrão de uso, exigindo, se entender necessário, o envio de novos documentos ou fotos para comprovação da sua identidade.

A empresa ainda cita a contestação de débitos. Com isso, todas as vítimas com quem o Gizmodo conversou realizaram a contestação dentro do limite estabelecido no contrato.

9. O Usuário tem o direito de, no prazo de até 90 (noventa) dias contados da data de vencimento da fatura, contestar despesas nela constantes. No caso de transações realizadas no exterior, esse prazo fica reduzido para 45 (quarenta e cinco) dias, em obediência às regras internacionais da bandeira. O não exercício deste direito implicará que você reconhece e aceita a exatidão da fatura e a certeza do débito nela expresso.

Considerações finais

Tudo indica que os criminosos precisaram ter acesso a alguma base de dados com as informações dos clientes da Pag!. Inclusive a ocorrência de pagamento de títulos acima do limite concedido pela empresa é um dos pontos sem resposta.

O mais preocupante disso tudo, é que hoje em dia os bancos digitais operam exclusivamente através de Smartphone, e utilizam SMS para confirmar os dispositivos. Essa prática é conhecida como SIM Swap, e cada vez mais tem se tornado mais comum. Os criminosos podem utilizar de engenharia social e com isso se passarem pelos titulares da linha.

A empresa Pag! até o momento não havia se manifestado sobre a clonagem do cartão de crédito. Confira a matéria completa no site Gizmodo Brasil.

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