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Conheça o Cooperativismo de Crédito, importante forma de incentivo ao desenvolvimento econômico e social

Saiba mais sobre o Cooperativismo de Crédito neste artigo do Sicredi.

Conheça as principais vantagens e a história do cooperativismo de crédito no Brasil.

Você já ouvir falar em cooperativismo? Pois saiba que cooperativismo é um conceito de união socioeconômica que tem por base a cooperação entre pessoas para atingir o bem comum e satisfazer as necessidades coletivas. É o mais completo, democrático e igualitário movimento – e filosofia de vida – que visa o desenvolvimento e a transformação da realidade por meio de uma verdadeira corrente do bem na qual juntos fazemos a diferença. Em resumo: cooperativismo é progresso, conquistado pela cooperação, pela solidariedade e pelo auxílio mútuo.

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Se pensarmos na história da humanidade, o conceito de cooperativismo é inerente ao ser humano. Desde os tempos mais primitivos, o indivíduo busca na associação com grupos ou no trabalho em conjunto formas mais práticas, menos onerosas e mais produtivas para sobreviver e crescer. Os exemplos, só para citar alguns, são os mais diversos e vão desde os ancestrais povos nômades que se uniam para caçar e pescar até os trabalhadores rurais que se reuniam para otimizar a colheita, a produção de bens e os lucros.

Como surgiu o cooperativismo no mundo?

De forma oficial, o cooperativismo nasceu na Inglaterra, mais precisamente na cidade de Rochdale, durante a Revolução Industrial. O ano era 1844 e 27 tecelões e uma tecelã se uniram para criar a 1ª cooperativa de consumo do mundo.

Batizada de “Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale”, a cooperativa surgia como uma alternativa econômica, frente ao desemprego e aos preços abusivos praticados pelos comerciantes. Só no primeiro ano, com a economia mensal de uma libra de cada associado, o capital da cooperativa atingiu 180 libras e cerca de dez anos depois a instituição já contabilizava mais de mil associados. A cooperativa de Rochdale tornou-se exemplo para o cooperativismo na Inglaterra e a ideia disseminou-se no mundo e em outros grupos de idealizadores e profissionais.

Várias cooperativas de crédito surgiram na Europa a partir de então. Em 1865 nascia o primeiro banco cooperativo urbano, em Milão, na Itália. No mesmo ano, os Estados Unidos promulgavam a primeira Lei Cooperativista do país. De 1885 a 1888, só a Alemanha registrava mais de 1,4 mil associações cadastradas. Em 1900, a província de Quebec, no Canadá, inaugurava a primeira cooperativa de crédito ‘Caixa Popular’ das Américas.

A disseminação foi viral e hoje o cooperativismo é um movimento global com mais de 1,2 bilhão de indivíduos impactados várias partes do mundo. Hoje, 105 países possuem ao menos uma cooperativa, uma a cada seis pessoas são cooperadas e mais de 250 milhões de empregos são gerados pelo cooperativismo.

Mas e no Brasil?

O cooperativismo em nosso país está ligado à colonização portuguesa e à origem dos nossos povos. Há indícios de processos de cooperação desde os primórdios do Brasil. Os indígenas, por exemplo, já praticavam um modelo econômico organizado e coletivo com base na caça e na agricultura de subsistência. Com a chegada das missões jesuítas, introduziram-se nas aldeias guarani as primeiras bases para a construção de um estado cooperativo mais solidário. Tal modelo se manteria de 1610 até meados de 1760. Há ainda citações históricas que apontam movimentos cooperativistas entre quilombolas dos séculos XXVII ao século XIX.

Em 1889 era criada a Sociedade Cooperativa Econômica dos Funcionários Públicos de Ouro Preto, em Minas Gerais. A data marca o início oficial do cooperativismo no Brasil, estimulando a criação de cooperativas dos mais diversos ramos de atividade em todo o País.

Cooperativismo de Crédito

Em 1902, por iniciativa do padre Theodor Amstadt, grande conhecedor da experiência de cooperativismo alemã nos anos de 1818 a 1888, surgia em Nova Petrópolis (RS) a Sicredi Pioneira. A Sicredi Pioneira se tornou a 1ª cooperativa de crédito do Brasil, criada para fomento da qualidade de vida e do desenvolvimento da região.

Fundamentado na honestidade dos cooperados, não importando se tinham ou não capital, o modelo Amstadt introduzia a primeira instituição financeira cooperativa na região Sul, atuando principalmente junto a pequenos produtores rurais. Os trabalhadores podiam agora depositar suas economias na cooperativa de crédito que, com as sobras apuradas, criava reservas que davam mais segurança à população em tempos de crise.

O Rio Grande do Sul tornava-se assim o grande celeiro do cooperativismo de crédito no Brasil, com uma taxa de desenvolvimento crescente desde sua implantação e com grande capilarização em outros Estados.

O cooperativismo de crédito é ainda importante vetor no fomento à economia e até mesmo da transformação digital do setor. Desde sua inauguração em 1902, o Sicredi já superou 4,6 milhões de associados e está entre as seis maiores instituições financeiras dos brasileiros (incluindo os bancos convencionais).

E a força do cooperativismo cresce cada vez mais. Afinal, mais de 100 anos depois, o sonho do padre Amstadt de oferecer à população um sistema de crédito cooperativo igualitário capaz de transformar positivamente a vida das pessoas e de seus negócios, é hoje estilo de vida e modelo propulsor de progresso Brasil afora.

Dessa forma, não é por acaso que mais de 11 milhões de brasileiros são hoje associados a alguma das 909 cooperativas de crédito do Brasil. Isso sem dúvida mostra que cada vez mais pessoas creem que, trabalhando junto é possível fazer a diferença.

Sobre o Sicredi

O Sicredi é uma instituição financeira cooperativa comprometida com o crescimento dos seus associados e com o desenvolvimento das regiões onde atua. O modelo de gestão do Sicredi valoriza a participação dos mais de 4,5 milhões de associados, os quais exercem papel de donos do negócio. Com presença nacional, o Sicredi está em 22 estados e no Distrito Federal, com mais de 1.900 agências, e oferece mais de 300 produtos e serviços financeiros (www.sicredi.com.br).

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Imagem: Stefano Garau / Shutterstock